Vozes ao abismo: os contornos de narrativas incoativas em Amuleto e Monsieur Pain

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Teixeira, Hiago Alves
Orientador(a): Lima, Samuel Anderson de Oliveira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA LINGUAGEM
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/53001
Resumo: Monsieur pain e Amuleto representam dois pontos distintos na obra de Roberto Bolaño: o primeiro ambientado na Paris de 1938, prestes a ser invadida pela Alemanha nazista, o segundo, um romance que surge a partir de uma obra maior e que se passa no ano de 1968, ambientado na Cidade do México, no dia em que a UNAM foi invadida pelo exército mexicano. Mesmo assim, sem aparentar ligação direta, os dois romances podem ser tomados como pontos de partida para uma reflexão tensionada em toda a obra do autor: o fragmento como matéria-prima da violência. Desse modo, este trabalho tem como objetivo analisar como a obra do autor chileno, dando ênfase nesses dois romances, esboça os contornos entre a forma fractal e a continuidade da violência no século XX ao usar a ficcionalização das experiências como mediadora de uma compreensão histórica das perdas de sentido na modernidade tardia. Assim, para desenvolver essa reflexão partimos de autores como Theodor W. Adorno, Eric Hobsbawm, Reinhart Koselleck, Walter Benjamin, Bolívar Echeverría, Jeanne Marie Gagnebin, e Paul Ricouer, para num primeiro plano desenvolver uma reflexão ética e estética de como o chamado “progresso” ocidental nos encaminha para esse ponto de tensão e ruptura que transforma-se num ethos da modernidade tardia e, num segundo momento, compreender como ambas as obras absorvem essas discussões impulsionando essas vozes ficcionais ao “limite” de uma representação da barbárie da história.