Sistema de microfone remoto em crianças e adolescentes com transtorno do espectro autista: uma revisão de escopo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Vital, Bianca Stephany Barbosa
Orientador(a): Balen, Sheila Andreoli
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FONOAUDIOLOGIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/57306
Resumo: Introdução: O Transtorno do Espectro Autista (TEA) apresenta a prevalência de 1/36 crianças diagnosticadas e pode gerar dificuldades sociais, comportamentais e de linguagem. Também podem ser observadas alterações sensoriais e perceptuais, dentre elas auditivas. O Sistema de Microfone Remoto (SMR) é uma tecnologia assistiva que permite uma melhor relação sinal/ruído podendo favorecer a melhora na percepção auditiva, atenção e redução de esforço auditivo. Objetivo: Mapear os estudos sobre o uso do Microfone remoto em crianças e adolescentes com TEA. Metodologia: Trata-se de um estudo de Revisão de Escopo que seguiu as diretrizes metodológicas do Instituto Joanna Briggs (JBI) e recomendações do checklist PRISMA-ScR. Foi realizada uma busca nas bases de dados: Pubmed, Embase, Scopus, Web of Science, Lilacs e na literatura cinzenta Google Scholar e ProQuest, além de listas de referências dos estudos incluídos e consulta a experts. A estratégia de busca foi adaptada a cada base de dados utilizando unitermos específicos. Foram incluídos estudos de intervenção, com crianças e adolescentes com TEA que fizeram uso do SMR, sem restrição de gênero, idioma, idade, tempo de publicação, etnia ou localização geográfica. Resultados: Foram identificados 709 estudos nas bases de dados e na literatura cinzenta, e quatro estudos foram acrescidos através da lista de referências e/ou indicadas pelos experts. Assim, quinze estudos tiveram leitura completa realizada, dos quais oito estudos estavam dentro dos critérios de elegibilidade. Todos os estudos foram heterogêneos quanto ao modelo do SMR (individual ou em campo), aos testes aplicados, período de intervenção e local da intervenção. Em sete estudos foi possível verificar melhora na percepção de fala dos participantes após o período de intervenção com SMR. Como também, foram observados entre os estudos melhora no tempo de resposta verbal, na interação social, no comportamento em sala de aula, na atenção auditiva, memória auditiva, tolerância ao ruído e redução do estresse e modificação na atividade neural com avaliação eletrofisiológica após período de intervenção. Conclusão: Crianças e adolescentes que fizeram uso de SMR apresentaram benefícios na percepção de fala, interação social e comportamento. Esta tecnologia assistiva mostra-se promissora a esta população, porém são necessários mais estudos de campo para definir protocolos e parâmetros de uso mais específicos descrevendo as variáveis existentes em função dos diferentes quadros e níveis do TEA.