Assinatura estrutural e geofísica da porção norte (fronteira Ceará-Piauí) no lineamento transbrasiliano: reativação na bacia do Parnaíba

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Cacama, Moisés Samuel João Bota
Orientador(a): Jardim, Emanuel Ferraz
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEODINÂMICA E GEOFÍSICA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/20169
Resumo: O Lineamento Transbrasiliano é uma importante zona de cisalhamento com direção NE-SW, relacionada orog nese Brasiliana e que evoluiu em estágios de alta até baixa temperatura. No presente trabalho, investigou-se a assinatura estrutural e geofísica da porção norte do Lineamento Transbrasiliano (fronteira Ceará-Piauí), envolvendo a zona milonítica brasiliana, o Graben de Jaibaras e as reativações que afetam as sequências sedimentares pós-ordovicianas da Bacia do Parnaíba. Na literatura é comum a referência à reativação fanerozoica dessa estrutura, a qual teria originado diversos grabens tardi-brasilianos precedentes à sinéclise paleozoica do Parnaíba, a exemplo do Graben de Jaibaras. As falhas que seccionam as unidades estratigráficas da Bacia do Parnaíba, ao longo de toda a extensão do Lineamento Transbrasiliano, exprimem a sua reativação em eventos mais jovens. O mapa do campo magnético anômalo reduzido ao polo exibe anomalias com direção NE, interpretadas como a assinatura do Lineamento Transbrasiliano (e das estruturas brasilianas da Província Borborema) na sua expressão de alta temperatura. O Graben de Jaibaras é marcado por uma faixa anômala retilínea com alta susceptilidade magnética (interpretada como o predomínio de rochas ferromagnesianas, provavelmente vulcânicas), aparentemente sem continuidade expressiva no substrato da Bacia do Parnaíba. A análise geométrica e cinemática das estruturas da área enfocada, utilizando dados de sensores remotos e de campo, permitiu a caracterização de quatro fases de deformação frágil a dúctil-frágil Dn, D1, D2 e D3. A fase deformacional Dn, de idade ediacarana-cambriana, ocorre de modo exclusivo no Graben de Jaibaras, com desenvolvimento de estruturas de temperatura mais elevada (comparativamente aos eventos mais jovens), dúcteis-frágeis. As fases deformacionais D1, D2 e D3 ocorrem afetando tanto o Graben de Jaibaras como as sequências paleozoicas da borda NE da Bacia do Parnaíba, com geração de estruturas em temperatura baixa, basicamente rúpteis/cataclásticas. A análise de imagens SRTM permitiu cartografar diversos lineamentos de direção NE, NW e E-W na Bacia do Parnaíba, cuja correlação com as estruturas mesoscópicas é discutida em termos da reativação do Lineamento Transbrasiliano em associação com os estágios de abertura do Atlântico e separação América do Sul-África, ou mesmo a eventos orogênicos distais no Paleozoico.