Corpo e envelhecimento: o que a ausência das práticas corporais no confinamento devido à Covid-19 nos revela para se (re) pensar o corpo idoso

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Santiago, Joselita da Silva
Orientador(a): Mendes, Maria Isabel Brandão de Souza
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/55237
Resumo: A presente pesquisa busca apreender as percepções que os idosos de Tabuleiro do Norte (CE) construíram acerca da velhice, e de seus corpos diante da ausência das práticas corporais devido a pandemia da COVID-19. Frente a isso, o objetivo geral desta pesquisa é compreender as percepções que os idosos de Tabuleiro do Norte (CE) construíram acerca da velhice, e de seus corpos diante da ausência das práticas corporais, com o intuito de identificar as contribuições destas percepções para a Educação Física. Justificamos a presente pesquisa mediante a escassez bibliográfica e reforçamos a importância acadêmica deste estudo por contribuir com a ampliação da produção científica no campo dos estudos sobre o corpo relacionado ao envelhecimento e da Educação Física utilizando o método fenomenológico. Para tanto, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com 25 idosos participantes da hidroginástica no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) por pelo menos um ano. Identificou-se que os participantes possuem experiências diversas acerca da velhice, e estas foram discutidas nas unidades de significado velhice como limitação, velhice como liberdade e velho é o outro. Com isso, apreendeu-se que a velhice se expressa no corpo, e que esta é experenciada de diversas formas, que são influenciadas não só biologicamente mas também culturalmente. Em outro momento discutiu-se as compreensões de corpo idoso dos participantes, identificando as unidades de significado corpo esbelto, corpo em declínio, corpo dependente, e tristeza, estresse e solidão. Percebeu-se que o corpo idoso traz consigo vivências que são influenciadas pelo contexto em que são inseridos, por isso percebemos as divergências em suas falas. A importância de incluir a visão dos idosos na sociedade é para que esta compreenda as diversas faces da velhice, podendo assim respeitá-las, bem como se preparar para também vivenciá-las. Ademais, destaca-se que não fez parte dos objetivos questionar o quão benéfico ou não foi o isolamento, mas a necessidade de criação e manutenção de políticas públicas que atendam às necessidades físicas, psicológicas, sociais e culturais dos idosos e ainda que estes possam contar com profissionais qualificados para atender a estas demandas. Por fim, destacamos a necessidade de mais estudos referentes a esta temática, possivelmente abrangendo outras práticas corporais ou em outras regiões, para ser possível ampliar as maneiras que a Educação Física irá intervir nos corpos idosos, compreendendo as limitações e adaptando as práticas corporais quando necessário.