Juventude e participação política: analisando a práxis dos movimentos sociais de juventude

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Santos, Luana Isabelle Cabral dos
Orientador(a): Yamamoto, Oswaldo Hajime
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/25731
Resumo: Não existe um consenso sobre o conceito de juventude, mas, atualmente, as/os jovens são concebidos como sujeitos de direitos e atores sociais importantes na sociedade contemporânea. Nos últimos anos, a juventude brasileira tem aparecido com destaque na sociedade a partir das mobilizações e manifestações das quais são protagonistas, desde os atos em espaços públicos à ocupação das escolas públicas, atuando como um conjunto de atores que confronta a ordem e o status quo. Dessa forma, surge como objetivos dessa tese: discutir a práxis dos movimentos sociais de juventude no Brasil, a partir da atuação política dos mesmos e, de modo mais específico, analisar em que medida a ação política desses movimentos contribui para a construção de um projeto emancipatório para a juventude. Para consecução de tais objetivos, realizamos oito (8) entrevistas semiestruturadas com representantes das coordenações nacionais dos movimentos sociais juvenis, visando entender e analisar a estrutura e organização dos mesmos, assim como, a perspectiva de transformação da realidade e emancipação que eles apontam. Além das entrevistas, utilizamos documentos fornecidos pelos movimentos ou que estão nos seus sites para complementar as informações. Os movimentos pesquisados foram: Levante Popular da Juventude (LPJ), Rua anticapitalista, Pastoral da Juventude (PJ), Pastoral da Juventude Rural (PJR), Pastoral da Juventude do Meio Popular (PJMP) e Fórum Nacional de Juventude Negra (FONAJUNE). A escolha dos mesmos teve como pressupostos o reconhecimento nacional – são movimentos nacionalizados –, assim como, buscamos garantir certa representatividade da juventude (urbana, rural e negra). Com a ajuda do software para análises qualitativas – QDA Miner – conseguimos organizar as entrevistas transcritas e codifica-las, resultando na construção de 4 eixos temáticos e 20 códigos a eles associados. Os resultados apontam que a organização social é importante para os militantes dos movimentos e, nesse sentido, eles/as acreditam que a juventude tem muito a contribuir na transformação da realidade; além disso, podemos perceber novas formas de participação política que fogem dos modelos convencionais/tradicionais de participação, ainda que estes sejam considerados importantes. Também destacamos a dificuldade da juventude ser compreendida como um sujeito político – como pode ser observado por meio das elevadas taxas de índices de violência, desemprego e baixa escolaridade – que, por sua vez, contribui para que um projeto emancipatório não se efetive. Esperamos ter contribuído com reflexões que permitam avançar o entendimento acerca do fazer político dos movimentos sociais de juventude, tendo em vista não só as possíveis estratégias de emancipação, como também a forma pela qual essas ações se articulam com a perspectiva de ruptura com o atual modelo de sociabilidade.