Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Amorim, Érico Gurgel |
Orientador(a): |
Guimarães, Jacileide |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/21749
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Resumo: |
O movimento em favor da inclusão de pessoas com deficiência, vivenciado atualmente, caracteriza um novo olhar sobre as possibilidades de vida outrora invisibilizadas. Entretanto, sobressai neste cenário um contexto lesivo, no tocante ao comprometimento da saúde mental, no convívio com um déficit nas funções sensoriais, notadamente, na deficiência visual. Esta realidade infringe no sujeito sofrimento psíquico e privação social, mutilando suas perspectivas de realização pessoal, abarcadas em uma conjuntura micro e macrossocial em constante interação. Nesse sentido, na presente pesquisa objetivamos analisar a contribuição dos determinantes sociais de saúde no cotidiano de sujeitos com deficiência visual, com ênfase na saúde mental, identificando as dificuldades percebidas e as estratégias de enfrentamento utilizadas em relação às adversidades cotidianas. Trata-se, portanto, de uma pesquisa descritiva e exploratória com abordagem qualitativa. Para a coleta de dados, realizamos entrevistas semiestruturadas junto aos sujeitos deficientes visuais no ambulatório de oftalmologia do Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL), no período de agosto a setembro de 2015. Os dados foram tratados à luz do método de análise temática descrito por Minayo (2008); e os conteúdos das unidades de registro elencadas, inspirados no modelo de Determinação social da saúde, proposto por Dahlgren e Whitehead (1991). Assim sendo, organizamos as seguintes categorias temáticas: saúde e sofrimento psíquico no encontro com o não ver e seus modos de andar a vida; a autonomia e seus desafios cotidianos; interação social e suas redes de pertencimento; os valores e a cultura no processo de normalização e estigmatização; a educação, seus limites e possibilidades; e o trabalho nos contextos de exclusão e inclusão social vivenciados. A reflexão das informações analisadas suscita discussões a respeito da persistência de fatores sociais adversos ao processo de inclusão plena e efetiva, geradores de atitudes normalizadoras. Destarte, a pesquisa revela desafios às instâncias gestoras e a toda a sociedade, no sentido de promover a atenção às demandas da participação social e o respeito às diferenças, a fim de concretizar o princípio da dignidade da pessoa humana, corolário da diversidade social, refletida nos modos de andar a vida, próprios de cada um. |