Desenvolvimento de novos nanocarreadores para liberação controlada de Olanzapina e Camptotecina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Oliveira, Artur de Santana
Orientador(a): Pergher, Sibele Berenice Castella
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM QUÍMICA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/26504
Resumo: Nos últimos anos, os estudos relacionados da área biomédica vêm se desenvolvendo com um destaque especial na liberação controlada de fármacos a partir do desenvolvimento de materiais nanoestruturados em busca de melhorias na administração dos fármacos. O desenvolvimento de sistemas de liberação controlada leva em consideração alguns fatores, como o tipo do fármaco, tipo de administração, resistência do material veiculador em meios aquosos, biocompatibilidade e entre outros. O trabalho foi realizado a partir dos estudos dos fármacos Olanzapina e Camptotecina. A olanzapina (OLZ) é um fármaco, que atua no tratamento da esquizofrenia e apresenta baixa solubilidade em meios aquosos dificultando o tratamento das enfermidades. O sistema de liberação controlada para a OLZ propõe a incorporação do fármaco em um suporte inorgânico à base do argilomineral montmorillonita (MMT) dispersos em uma mistura biopolimérica de Alginato (ALG) e Goma Xantana (GX). Após a síntese dos materiais propostos, os híbridos e os bionanocompósitos foram caracterizados por diversas técnicas. As caracterizações comprovaram a intercalação do fármaco na MMT pelo processo de troca iônica, como também a interação com os biopolímeros. O teste de liberação foi capaz de mostrar em diferentes pH que o sistema proposto apresenta uma liberação mais controlada para o fármaco estudado, do que quando dissolvido apenas o comprimido comercial, indicando que o material desenvolvido pode atuar como um sistema de liberação controlada. Para o estudo da Camptotecina, antitumoral de amplo espectro, foi realizada a incorporação do fármaco em uma matriz 100% orgânica através de uma ligação covalente ao COF-5 (Covalent Organic Framework). Para isso, um dos ligantes utilizado na síntese do COF-5, o Ácido 1,4-benzenodiborônico (BDBA), foi submetido à nitração e redução com H2, para fornecer uma funcionalidade com grupos NH2 nas paredes dos poros. Uma esterificação com a camptotecina mais o ácido succínico foi necessária para que a posterior amidação fosse obtida com sucesso. Com isso, neste estudo foram realizadas modificações sequenciais da parede porosa do COF-5 com grupos amino nucleofílicos (10%-100%). Aos quais forneceram materiais altamente funcionalizados com excelente resistência à digestão hidrolítica. A ligação subsequente da camptotecina relata o primeiro caso de um sistema de liberação de fármacos estável baseado em COFs com fármacos unidos covalentemente. Os materias sintetizados foram caracterizados pós-síntese e testados sua estabilidade frente à fluidos biológicos. Para avaliação da atividade biológica, efeito anti-tumoral, os materiais foram incubados com células HeLa verificando a citototixicidade e calculando o os valores correspondentes da metade da inibição máxima (IC50). As amostras apresentam uma citotoxicidade ligeiramente inferior à da camptotecina, com valores de IC50 4 a 6 vezes superiores aos do fármaco livre. Obtendo-se com sucesso o mecanismo esperado de liberação intracelular da camptotecina.