Mortalidade por causas externas em pessoas idosas no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Dias, Danilo Erivelton Medeiros
Orientador(a): Marinho, Cristiane da Silva Ramos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA - FACISA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/53201
Resumo: O envelhecimento humano é um processo natural, dinâmico e progressivo acompanhado por diversas modificações fisiológicas, morfológicas, físicas, bioquímicas e psicológicas que ocorrem continuamente ao longo do tempo. A transição epidemiológica trouxe modificações quanto às principais causas de morbimortalidade entre pessoas idosas, diminuindo o número de mortes por doenças infecciosas e parasitárias e aumentando a mortalidade por eventos violentos descritos como causas externas. Atualmente, as causas externas configuram um relevante problema de saúde pública, pois geram impactos na qualidade de vida dos indivíduos e ocasionam hospitalização e/ou reabilitação, invalidez ou morte. No entanto, tratam-se de eventos preveníveis que podem ser evitados, possuindo a rede de Atenção Primária à Saúde um papel fundamental, eficaz e eficiente na atuação sobre as principais causas e problemas de saúde, como é o caso das causas externas. Assim, esta dissertação tem como objetivo investigar a mortalidade por causas externas em pessoas idosas no Brasil. Foram realizados dois estudos, o primeiro do tipo ecológico com uso de dados secundários, o qual objetivou analisar a tendência de mortalidade por causas externas em pessoas idosas no Brasil no intervalo temporal entre os anos 2000 a 2019. E o segundo estudo referente a um protocolo de revisão de escopo cujo objetivo foi mapear e descrever as evidências científicas sobre a atuação da Atenção Primária à Saúde frente à mortalidade por causas externas em pessoas idosas, o qual encontra-se baseado no Manual de Revisão do Joanna Briggs Institute, de 2015. O primeiro estudo evidenciou tendência de aumento nas taxas de mortalidade por causas externas em pessoas idosas no Brasil no período estudado. O intervalo entre os anos 2000 e 2014 foi o período em que os coeficientes de mortalidade por causas externas em idosos mais se elevaram, com uma variação percentual anual média (APC) de 1,83 (IC95%: 1,6; 2,0). O segundo estudo visa apresentar as principais evidências das pesquisas sobre o tema, permitindo a identificação de lacunas na literatura, podendo nortear ações para o enfrentamento das causas externas em idosos pela Atenção Primária à Saúde. A análise de tendência da mortalidade por causas externas em idosos no Brasil mostrou aumento significativo ao longo do período estudado (2000 a 2019). Tal achado reforça a necessidade de investimentos em saúde pública e em ações voltadas para esse grupo de pessoas. O desenvolvimento de um protocolo de revisão de escopo envolvendo a atuação da APS na mortalidade por causas externas em idosos contribui para a sumarização da produção científica publicada até o momento, oportunizado o desenvolvimento de novos conhecimentos sobre aspectos ainda não abordados que fortaleçam a atuação dos profissionais que trabalham na APS em condutas mais assertivas para a diminuição do risco de mortalidade de idosos por causas externas.