Emoções, sentimentos, vivências e romances: articulações entre psicologia e literatura da idade média à contemporaneidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Braz, Rafael Francisco
Orientador(a): Pires, Izabel Augusta Hazin
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Psicologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/55164
Resumo: Muito antes de Sigmund Freud desenvolver a psicanálise, muitos filósofos e escritores discutiram sobre o tema do amor. Suas histórias, lendas, mitos, sonetos, odes sobre este tema embargavam o pensamento destes homens que desabrocharam o desejo do amante de possuir seu objeto de desejo: o amado. Ao observamos a expressão do amor e nas culturas, constata-se que este sentimento transpassa o tempo, imerso em contextos históricos, sociais e culturais, traveste-se de elegância a cada época e assume diferentes roupagens, mas mantém a força avassaladora de proporcionar vivências, as quais nem a morte os detém. Para tanto, objetivo principal desta Tese é investigar como o amor foi refratado em romances que marcaram épocas históricas, a partir dos operadores teóricos das emoções, sentimentos e vivências. Metodologicamente, a abordagem adotada é de cunho qualitativo, a partir da concepção Materialista Histórico e Dialética e à luz da psicologia Histórico-Cultural. Sendo assim, o estudo desta Tese foi desenvolvido a partir da trama entre a filosofia de Spinoza (2017), Shopenhauer (2011) e Bauman (2004) referente às questões dos afetos, da relação metafísica do amor e da liquidez da fragilidade dos laços humanos referente ao sentimento do amor; da psicologia de Vigotski (1998, 1999a, 1999b, 2004, 2007 e 2009), notadamente a partir dos construtos de emoção e vivência (perejivânie) e; da neurobiologia das emoções e sentimentos a partir das contribuições de Damásio (2003, 2011, 2012, 2015 e 2018), Fisher (1995, 2010 e 2015) e Pinto (2017). A análise nos mostra que ao desenvolvemos estudos que analisam e interpreta a relação da Psicologia à Literatura em consonância as histórias dos amores eternos compreenderam o universo da psique que aprece refratada pelo imaginário de um artista através das experiências das personagens, assim, criando um perfil da própria identidade, mergulhando nas dores, angustias fobias, traumas, nas relações interpessoais e histórico-cultural de cada época. Logo, buscamos compreender a si mesmo e as coisas que a cerceamos para questionar as amarras do ser humano, traçando, portanto, o novo paradigma para encarar as mazelas da vida, indo de encontro com os padrões pós-modernos e as amarras do cotidiano e suas fragilidades nos laços afetivos na forma de amar.