Uso das práticas integrativas e complementares na estratégia saúde da família: cenário de um município de médio porte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Ferreira, Lucas Alves
Orientador(a): Sampaio, Ana Tânia Lopes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE DA FAMÍLIA NO NORDESTE
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
SUS
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/28559
Resumo: A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) foi instituída desde 2006 no Brasil, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) com ênfase na Estratégia Saúde da Família (ESF). As Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) apresentaram consideráveis avanços no Brasil nos últimos anos, sendo hoje um padrão estratégico do Ministério da Saúde para certificação do grau de qualidade das equipes na Atenção Básica (AB). O presente estudo é do tipo descritivo, com aporte na abordagem qualitativa e teve como objetivo geral analisar o uso das PICS na ESF no Município de Assú, situado na região Oeste do Rio Grande do Norte (RN), com população estimada de 57.644 habitantes, sendo assim considerado um município de médio porte. Os dados foram coletados por meio da aplicação de entrevistas semiestruturadas com 2 representantes da Gestão Municipal da Atenção Básica e realização de 01 grupo focal com uma equipe de Saúde da Família. Para a análise dos dados, utilizou-se a análise de conteúdo temática, conforme Bardin (2009). No que diz respeito aos aspectos éticos, o projeto da pesquisa foi aprovado sob o parecer consubstanciado do Comitê de Ética e Pesquisa do Hospital Universitário Onofre Lopes (CEP/HUOL), sob CAAE 15000919.4.0000.5292 e parecer de número 3.440.908. Como resultados, observou-se que os profissionais compreendem as PICS como algo a mais, que pode ser complementar ou substitutivo a depender do contexto do uso; a oferta de PICS na rotina dos participantes é incipiente e não institucionalizada se reduzindo à orientação sobre o uso de plantas medicinais e auriculoterapia com oferta restrita aos profissionais do Núcleo Ampliado de Saúde da Família; a gestão da AB vocalizou que se apresenta sensível à necessidade de efetivação das PICS, embora não forneça apoio substancial para tanto. Foram elencadas como principais entraves, a dificuldade de aceitação dessas práticas pelos usuários, a falta de formação específica dos profissionais e a falta de apoio e de financiamento adequado no nível de gestão.