Dorian Gray Caldas: a trajetória biográfica de um artista precursor de uma identidade potiguar (1950-1989)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Medeiros, Arilene Lucena de
Orientador(a): Rocha, Raimundo Nonato Araújo da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/24750
Resumo: O presente trabalho analisa a trajetória biográfica do artista plástico e escritor natalense Dorian Gray Caldas (1930-2017), tido como um dos precursores da modernidade artística no Rio Grande do Norte. Sua produção pictórica incluiu desenho, pintura de cavalete, pintura mural, mosaico, escultura, cerâmica, gravura e tapeçaria. O objetivo principal da dissertação é investigar como Dorian Gray construiu uma identidade pessoal alicerçada na arte moderna e de que forma seu protagonismo interferiu na constituição de uma arte potiguar. Prioriza um recorte temporal que vai de 1950, ano que marca o início de sua atividade profissional, com o I Salão de Arte Moderna de Natal, em parceria com os artistas Newton Navarro e Ivon Rodrigues, até 1989, com a publicação do livro “Artes Plásticas do Rio Grande do Norte (1920-1989)”, obra de sua autoria que consolida a ideia de uma identidade artística potiguar. O primeiro capítulo analisa de que forma a arte se tornou uma opção de vida para Dorian Gray e como ele construiu a ideia de uma tradição artística para sua família. O segundo capítulo investiga sua produção cultural no período demarcado, as redes de sociabilidade construídas por ele e sua participação na construção de uma modernidade artística natalense. O terceiro capítulo examina, de um lado, as imagens que Dorian construiu sobre si e sobre o que considerava ter feito para o mundo cultural e intelectual do Rio Grande do Norte, e, de outro, como os seus contemporâneos representavam o artista e sua obra. Recuperam-se alguns discursos produzidos após sua morte e os mecanismos mobilizados pela família e instituições culturais para promover a manutenção da memória do artista. Como aportes teóricos, utiliza as noções de biografia (DOSSE, 2009; LORIGA, 2011), configuração social (ELIAS, 1994), modernidade (BERMAN, 1986) e enquadramento da memória (Pollack, 1989, 1992) e o referencial teórico-metodológico da história oral de vida (PORTELLI, 1997). A relação entre história e espaço é discutida na perspectiva do geógrafo Yi-Fu Tuan (2013), para quem o espaço é o lugar que constrói identidade. As principais fontes utilizadas são entrevistas fundamentadas na história oral de vida, notícias publicadas nos jornais A República, O Poti e Diário de Natal, discursos e textos de memorialistas.