Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Alves, Manoel Carlos dos Santos
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Orientador(a): |
Souza, Arivaldo Sacramento de
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Banca de defesa: |
Bolfarine, Mariana
,
Duarte, Daniel Vital Silva
,
Almeida, Isabela Santos de
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Letras e Lingüística (PPGLL até 2010)
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Departamento: |
Instituto de Letras
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38555
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Resumo: |
A Era Vitoriana, segundo maior reinado de um monarca inglês, é considerada como o período mais próspero do Reino Unido. A fase progressiva da nação inglesa, que restaurou seu sistema colonial e o prestígio da classe burguesa, foi marcada, também, pela rigidez das políticas tangendo os valores morais e éticos da sociedade. Uma das figuras atravessadas por tal moralismo tratou-se do escritor Oscar Wilde, cuja obra, O Retrato de Dorian Gray, foi usada como evidência no processo movido através da seção onze do Criminal Law Amendment Act 1885, que configurava a homossexualidade masculina como atividade sodomita e, portanto, além de pecaminosa, criminosa. O texto de O Retrato de Dorian Gray pode ser encontrado, hoje, em quatro suportes: no manuscrito, no datiloscrito, e nas versões publicadas em 1890 e 1891. Devido as alterações na passagem dos testemunhos, instalou-se um discurso a cerca do motivo de tais mudanças. Para Donald L. Lawler (1969), as alterações tratar-se-iam de revisões literárias não apenas propositais, mas necessárias. Contudo, para Nicholas Frankel (2013), a progressão dos textos demonstraria um controle admoestativo, influenciado pelo criticismo vigente. No presente trabalho, evidencio a transmissão textual de O Retrato de Dorian Gray, focando no modo através do qual as compreensões de gênero e sexualidade à época, assim como eventos históricos, afetaram o processo de produção, circulação e recepção do texto, contribuindo para a prisão do autor. Ademais, utilizando-me do manuscrito, do datiloscrito, e das versões disseminadas em 1890 e 1891, investiguei a suposta censura aplicada ao longo de sua difusão. Para isso, mobilizei o aparato metodológico dos estudos filológicos, relizando uma colação dos testemunhos/fase redacionais do texto, destacando o primeiro capítulo e propondo uma leitura filológica. Entendendo a importância das particularidades físicas de cada suporte, e suas implicações sócio-históricas, considerei, também, a transformação material de cada testemunho. Através do exercício filológico, assimilado, aqui, enquanto Crítica Textual, estudei os tipos de movimentos efetuados no primeiro capítulo de cada testemunho, caracterizando-os tal silenciamento, e não censura, dado que, independente dos fragmentos alterados, o texto conserva a sua homotextualidade, segundo a acepção de Jacob Stockinger (1978). |