Uma risada nos salvará: compreendendo o riso com base no resgate do olhar de aproximação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Fregonesi Neto, Luiz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/21889
Resumo: A ideia contida numa afirmação de Derrida segundo a qual “o divino não foi ainda corrompido por Deus”, é central neste trabalho de pesquisa. Não que eu me ocupe do tema, mas por recuperar uma discussão importante no ambiente das Ciências Sociais. Uma coisa é a experiência do divino que provoca os corpos a se sentarem em torno da mesa; outra coisa é o Deus abstrato da razão que, histórica e socialmente, conseguiu colocar cooperativamente lado a lado cristianismo, igrejas e Estados totalitários. Uma coisa, portanto, é o pensamento que resgata a experiência no ato do conhecimento, se cola a ela; outra coisa é o conceito que nomina “desde fora” da experiência de mundo. Estamos acostumados à essa “confusão tranquila” representada por conceitos como este, provocada pelo olhar de distanciamento, que vê a terra como um planeta azul, postura esta que, enxergando superfícies planas e universais, dificultanos o olhar desde o diverso, o ambíguo e a porosidade, comuns a todas elas. Trata-se de problematizar este olhar e tal postura, que nos empurram inexoravelmente à elaboração de saberes quase sempre positivos e conclusivos, deixando pouco espaço para continuarmos indagando e ampliando nosso campo de visão. Trata-se também de recuperar a proximidade, nos permitindo perceber que o planeta azul, além de possuir outras cores, tem inúmeras e diferentes superfícies, uma multiplicidade de cheiros e que, caso aproximarmos ainda mais o olhar do corpo ao planeta, iremos nos deparar inevitavelmente com a complexidade que a realidade “terra, planeta azul” comporta, nos fazendo ver que este conceito, assim como os conhecimentos em geral, são sempre incompletos, dizem pouco a respeito da imensidão do real. Trata-se, enfim, de recuperar uma postura ética no ato do conhecimento com vistas à construção de saberes significativos e importantes. Quem está mais apto a dizer o que é ou não significativo e importante senão o nosso corpo que, num movimento constante de abertura e relação com o mundo, ainda espera das ciências uma atenção aos problemas da nossa vida?