Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Moreira, Bárbara Gondim Lambert |
Orientador(a): |
Dantas, George Alexandre Ferreira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/22389
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Resumo: |
um importante tema para a construção da identidade imagética do Império; inserido neste corpus iconográfico, destaca-se a produção de viajantes europeus que, sob as mais distintas insígnias, relataram à bico de pena, aquarelas e tintas, as mudanças na colônia recém alçada à condição de sede do Império português. Esta produção pictórica auxiliou na construção do que se convencionou como paisagem urbana brasileira do Oitocentos, permeou pelos estudos e foi consolidada e legitimada pela historiografia ao longo da primeira metade do século XX. Esta dissertação propõe analisar as representações iconográficas da paisagem urbana das províncias de Pernambuco, da Bahia e do Grão-Pará realizadas no primeiro quartel do século XIX por dois viajantes ingleses: William John Burchell e Charles Landseer. Pretende-se observar nas perspectivas que se abrem a partir da leitura que os manuseios dessas imagens oferecem, o vislumbre de uma via de acesso distinta para interpretar o complexo quadro da paisagem urbana das vilas e cidades brasileiras da primeira metade do século XIX. Membros da Missão Diplomática Inglesa, chefiada por Sir Charles Stuart e cujo objetivo era a negociação do reconhecimento por parte de Portugal do recente império brasileiro, foram designados a retratar e documentar o trajeto em solo brasileiro da comitiva. A análise fundamentou-se na revisão bibliográfica, com enfoque na problematização do material iconográfico produzido por Burchell e Landseer como fonte historiográfica sobre o assunto e na análise da iconografia elencada por meio de sua leitura formal e interpretativa. O material iconográfico revela transformações históricas vividas pela sociedade ao qual pertence; contudo, há mais neste discurso: obras de arte não são espelho, nos transmitem aspectos da realidade a partir de estratagemas: ora deslocando ou desfocando elementos, ora redimensionando aspectos do real. Investidas de caráter documental desde a sua produção, a obra dos dois viajantes relativas às paisagens urbanas das províncias mostrou-se permeada por esquemas figurativos, cujo emprego adiciona camadas de significação ainda pouco exploradas. |