Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Veríssimo, Aretha Heitor |
Orientador(a): |
Carreiro, Adriana da Fonte Porto |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS ODONTOLÓGICAS
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/50992
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Resumo: |
Este estudo objetivou identificar os fatores que influenciam na decisão de substituir uma prótese total convencional mandibular pelo tratamento com implantes dentários, assim como avaliar a satisfação, qualidade de vida e performance mastigatória (PM) após reabilitação com sobredentaduras com implante único (SIU) em pacientes adaptados e não-adaptados a prótese total convencional (PT) mandibular. Inicialmente, foi realizado um estudo transversal com 117 usuários de PTs bimaxilares, avaliados quanto aos desfechos relacionados à prótese (número de PTs mandibulares usadas previamente, tempo de uso e profissional que confeccionou a prótese atual, e quanto ao uso regular ou não da prótese mandibular) e aspectos centrados no paciente (período de edentulismo mandibular, altura óssea mandibular e interesse do paciente em se submeter a terapia com implantes). Do total da amostra, 78 pacientes manifestaram interesse na terapia implantossuportada, e desses apenas 22 foram selecionados e reabilitados com novas PTs bimaxilares. Após critérios de elegibilidade, foram alocados após pareamento em 2 grupos: adaptados à prótese mandibular (Grupo PTA - “adaptados à PT mandibular”, n:10) e não adaptados (Grupo PTN - “não adaptados à PT mandibular”, n:12). Em cada paciente, foi instalado um único implante na linha média e após o período de osseointegração as próteses mandibulares foram convertidas em sobredentaduras. O desempenho mastigatório foi avaliado pelo método das tamises, a altura óssea mandibular por medição em radiografia panorâmica, satisfação por escala quantitativa com questionário validado e o impacto da saúde oral na qualidade de vida pelo questionário OHIP-Edent-19. O teste Qui-quadrado foi utilizado para análise dos dados e as razões de prevalência ajustadas por meio da regressão multivariada de Poisson no primeiro estudo; para o segundo, a análise estatística em cada grupo e entre grupos foi baseada nos testes não-paramétricos de Wilcoxon e Mann-Whitney. O intervalo de confiança para os testes foi de 95%. A amostra foi predominantemente do sexo feminino, com 66,7% (n=78) dos participantes interessados em PT mandibular implantossuportada e com idade média de 65,68±6,38 anos. A PM não influenciou a escolha pela reabilitação com implantes. A preferência pela PT implantossuportada mandibular foi associada significativamente com maior experiência prévia com PT mandibular (p=0,021) e à insatisfação quanto à retenção (p=0,005). Após a intervenção com implante, todos os pacientes não adaptados passaram a condição de adaptados. Não houve diferença entre PTA e PTN para OHIP-Edent (p=0,276) e PM (p=0,222), a satisfação foi significativa apenas para o critério “conforto em arco inferior” (p=0,043). Para comparações pré e pós-tratamento com sobredentadura, a mediana do OHIP-Edent total diminuiu significativamente em ambos os grupos. Na comparação intragrupo, essa redução foi significativa em PTA apenas para a “limitação funcional” (p=0,026), e em PTN em quase todos os domínios, exceto “disfunção social” e “incapacidade” (p>0,05). Houve aumento estatisticamente significativo para a satisfação geral de 75,41 para 90,25 (p=0,012) em PTN e de 76,10 para 90,50 (p=0,007) em PTA. Os parâmetros “mastigação”, “adaptação”, “retenção” e “conforto” em arco inferior foram diferentes com significância em ambos os grupos, e “gustação”, “fonação” e “dor” em arco inferior foram significativos apenas para o grupo não adaptado (p<0,05). Houve diferença significativa para PM em PTN (p=0,002) e PTA (p=0,047) ao se comparar tipo de reabilitação. Não houve correlação entre PM e OHIP antes e após a reabilitação (p>0,05). Pode-se concluir que a experiência prévia com PT mandibulares convencionais e a insatisfação com a retenção dessas, influenciam o interesse pela reabilitação com sobredentadura implantossuportada mandibular, assim como, a reabilitação com sobredentadura sobre implante único apresenta-se como alternativa aos pacientes não adaptados a PT convencional mandibular, auxiliando na aceitação do uso da prótese mandibular, assim como, comprovando efeito positivo na satisfação, qualidade de vida e performance mastigatória. |