A influência dos aspectos cognitivos e afetivos nas ações de mulheres empreendedoras nas diferentes fases de desenvolvimento do negócio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Cortez, Ana Eliza Galvão
Orientador(a): Araújo, Afranio Galdino de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/21561
Resumo: Esta pesquisa propõe-se a explicar como os aspectos cognitivos e afetivos influenciam as ações de mulheres empreendedoras nas diferentes fases de desenvolvimento de um negócio. Para tal, norteia-se por um modelo que sugere que os aspectos afetivos são mais influentes nas ações dos empreendedores nas fases iniciais de um empreendimento e, à medida que a este se desenvolve, os fatores cognitivos se tornam mais presentes. Visando melhor demarcar tais períodos de evolução foi integrado uma abordagem que aponta cinco fases de desenvolvimento de um negócio. No referencial teórico são tratados o empreendedorismo e a particularidade das mulheres nessa temática, os atributos do empreendedor e as características de cada fase de desenvolvimento de um negócio. Em termos metodológicos, trata-se de uma pesquisa exploratória de natureza qualitativa. A amostragem é não probabilística, selecionada de forma intencional entre as empreendedoras da cidade de Currais Novos, que fica na região Seridó do Rio Grande do Norte. Foram selecionadas duas mulheres a frente de negócios classificados em cada uma das cinco fases sendo, portanto, realizadas dez entrevistas do tipo semiestruturadas. A técnica utilizada para a análise de dados qualitativos foi a análise de conteúdo temática que consiste em identificar os núcleos de sentido que compõem a comunicação em análise e cuja presença ou frequência de aparição representam algum significado sobre o objetivo analítico escolhido. Dentre os resultados obtidos a pesquisa identificou que na fase de nascimento as empreendedoras investigadas agem influenciadas por aspectos afetivos, tais como independência, paixão pelo empreendimento e vontade de fazer o que gostam e nas fases seguintes, quando há a percepção da necessidade de uma melhor organização, o planejamento, estabelecimento de metas e formação de parcerias passam a ser buscados. Ademais, aspectos como perseverança, iniciativa, coragem e a realização por fazer o que gosta permanecem influenciando, trazendo a conclusão de que a influência dos aspectos cognitivos ascende, todavia juntamente com a influência dos aspectos afetivos. A realização desta pesquisa confirma a relevância do modelo proposto, tanto com relação aos aspectos cognitivos e afetivos sugeridos, que foram realmente identificados como pertinentes às ações dos empreendedores, como com relação à variação desses aspectos no desenvolvimento dos empreendimentos. Das entrevistas realizadas emergiu o medo como um aspecto afetivo que permeia a ação das empreendedoras na fase de renovação e a capacidade de negociação, como um aspecto cognitivo evidenciado pelas empreendedoras da fase de declínio, sugerindo-se a incorporação desses dois aspectos em estudos futuros que tratem dessa relação em empreendedores.