A atuação do psicólogo nas organizações não-governamentais que atendem a pessoa com o transtorno do espectro autista

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Souza, Raniele Epissara Nonato de
Orientador(a): Oliveira, Isabel Maria Farias Fernandes de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/29147
Resumo: A inserção da Psicologia no âmbito das políticas públicas inclusivas no Brasil, convoca para uma atuação voltada ao compromisso social, ético e político da profissão. Os paradigmas inclusivos da segregação, institucionalização, normalização, integração e inclusão, trazem em si concepções acerca da diversidade ensejada em meio às desigualdades sociais e exclusão. No contexto social, as Ong´s que integram o chamado “terceiro setor” ganham força, pois na medida em que suavizam as tensões sociais desresponsabilizando o Estado, desempenham um papel fundamental na execução das políticas sociais destinadas a grupos específicos, a saber o das pessoas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA). O objetivo desse trabalho se pautou a analisar a atuação do psicólogo nas organizações não governamentais que integram o “terceiro setor” na cidade do Natal, Rio Grande do Norte que atendem a pessoa com TEA. Neste estudo foram utilizados como procedimentos metodológicos: pesquisa de campo na qual realizou-se 09 entrevistas semiestruturadas com profissionais de psicologia. Os resultados indicam a psicoterapia individual como prática psicológica predominante, reforçando o modelo clínico tradicional da Psicologia. Além disso, as psicólogas demonstraram não conhecerem as políticas públicas específicas destinadas à clientela atendida, revelando uma práxis despolitizada, acrítica e inadequada para a realidade social a qual se inserem esses sujeitos. Por fim, defende-se que a Psicologia deve se reinventar em seus saberes e práticas, articulando referenciais teóricos e metodológicos com ação política, na tentativa de minimizar as desigualdades socais e a exclusão.