Entre estradas e veredas: messianismo nos sertões do estado do Rio Grande do Norte (XIX-XX)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Silva, Vikelane Maria de Oliveira
Orientador(a): Andrade Júnior, Lourival
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA DOS SERTÕES
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/46979
Resumo: Este trabalho problematiza os sertões enquanto espaços de construção dos movimentos messiânicos no Brasil, tomando como objeto, o Movimento Messiânico da Serra de João do Vale, liderado pelo Beato Joaquim Ramalho nos fins do século XIX na Vila do Triunpho, Estado do Rio Grande do Norte. A problemática surgiu de uma escassa produção historiográfica sobre o movimento em âmbito regional e nacional. Inicialmente foram evidenciados nos escritos de Luís da Câmara Cascudo em um artigo publicado na Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte (IHGRN) e no jornal do Commercio do Rio de Janeiro no ano de 1941. Para uma melhor análise nos debruçamos sobre obras como “O messianismo no Brasil e no mundo” da socióloga Maria Isaura Pereira de Queiroz e “Leituras do "fanatismo religioso" no sertão brasileiro” de Cristina Pompa. Adotamos a abordagem de História do Discurso e História oral, a partir de autores como Eni Orlandi e Verena Alberti para a análise das fontes, sendo elas: artigos em jornais e revistas, arquivos privados, desenhos criados a partir de relatos orais de moradores da Serra de João do Vale, livros e entrevistas. Ao término deste trabalho foram verificados, os discursos que constituíram e nomearam o Movimento Messiânico da Serra de João do Vale partindo de conceitos que desqualificaram os sertões e sua religiosidade.