Dom Costa e a experiência socioeducativa na criação do ITEC (1995-2002): o pioneirismo no ensino de Filosofia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Silva, Roberto Ribeiro da
Orientador(a): Menezes, Antônio Basílio Novaes Thomaz de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/32492
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo investigar a história de uma instituição educativa: o Instituto de Filosofia e Teologia de Caruaru – ITEC; Criado em 1995 pelo Bispo Diocesano Dom Antônio Soares Costa, que fora transferido da Arquidiocese de NatalRN para a Diocese de Caruaru-PE em 19 de dezembro de 1993. Para apresentar e compreender a história e cultura escolar dessa instituição, utilizaremos como referencial metodológico as teorizações de SAVIANI (2008); MAGALHÃES (2004); NOSELLA e BUFFA (2013). No desenvolvimento da pesquisa, encontramos como uma característica marcante desse instituto um caráter progressista na forma do Ensino da Filosofia e uma pedagogia sócio-politizadora, transportada da educação de base pelo bispo na concepção desse instituto e na composição do currículo do Curso de Filosofia. Estudos sobre a atuação da Igreja Católica no Brasil, como FERRARI (1968), CAMARGO (1971) WANDERLEY (1984) e PAIVA (2009);(2014), destacam o papel pioneirista da Arquidiocese de Natal no desenvolvimento de um conjunto das realizações sóciopastorais e educacionais, que passou a ser denominado como o Movimento de Natal. Tal aspecto acabou conferindo à Filosofia ensinada nesse instituto, de modo geral, uma abordagem hermêutica a partir dos principais pensadores latino-americanos, marcadamente influenciados pelo encontro com a Teologia da Libertação, a educação popular e o compromisso social, o que possibilitou uma análise de conjuntura da realidade a partir da práxis e um livre encontro com os conteúdos filosóficos, sem o rígido acento doutrinal católico. A fusão desses aspectos educacionais materializou um ensino filosófico pioneiro no agreste pernambucano, comprometido com o entorno social dos alunos, que acabou provocando uma constante necessidade de análise crítica-reflexiva da realidade. Essa ação educativa estabelece nexos com conceitos presentes no pensamento de ARENDT (2011); (2013), principalmente sobre a responsabilidade com o mundo comum. Encontramos no ITEC o compromisso social como resultado desse fazer pedagógico libertador, presente nas lutas pela transformação das estruturas da sociedade e humanização das relações comunitárias.