Empatia e reciprocidade em ratos Wistar: um paradigma para avaliar comportamento pró-social

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Silva, Phiética Raíssa Rodrigues da
Orientador(a): Yamamoto, Maria Emilia
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOBIOLOGIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/21584
Resumo: O comportamento pró-social se refere a quaisquer ações que têm a intenção de beneficiar outros, independente do ator também se beneficiar no processo. O termo é bastante amplo e abrange vários subcomponentes, tais como cooperação, mutualismo, altruísmo e ajuda. A cooperação geralmente traz um custo para o indivíduo cooperador que resulta na diminuição da sua aptidão. Embora isto pareça contraditório com a teoria da seleção natural, mecanismos que favorecem a evolução da cooperação foram selecionados, tais como a seleção de parentesco, a reciprocidade direta e a reciprocidade generalizada. Por trás do comportamento pró-social pode estar um componente emocional motivador, tal como o sentimento de empatia. A empatia é a capacidade de experienciar reações afetivas ao observar a experiência do outro (empatia emocional), partilhando o seu estado emocional, e ser capaz de adotar o ponto de vista do outro (empatia cognitiva). Ainda não há um modelo animal estabelecido para o estudo da empatia como motivador do comportamento pró-social, em seus diversos aspectos. Dessa forma, utilizamos um protocolo que propõe avaliar empatia e comportamento pró-social em ratos (Bartal et al., 2011) visando verificar sua reprodutibilidade e buscando compreender aspectos como ajuda e cooperação (reciprocidade direta e generalizada) bem como motivação para esses comportamentos. O comportamento de ajuda foi avaliado a partir da libertação de um colega aprisionado, pela abertura da porta de uma caixa restritora. A posterior retribuição da ajuda foi o parâmetro utilizado para investigar reciprocidade para um rato conhecido (direta) ou não (generalizada). Os ratos não recebiam treinamento ou recompensa pela tarefa. Reproduzimos os resultados do protocolo original e verificamos a presença de reciprocidade, porém não pudemos distinguir a direta da generalizada. Identificamos outros fatores associados com a abertura da porta. Vimos que os animais continuavam abrindo a porta quando submetidos a um teste com a caixa restritora vazia, após ter aprendido como abrir a porta. Vimos também que os ratos “libertadores” entravam na caixa após abertura e permanenciam nela a maior parte do tempo durante o teste. Quando os ratos foram submetidos previamente à caixa vazia e depois à caixa com um coespecífico não houve abertura em nenhuma das circunstâncias, indicando um possível efeito de hábito sobre o comportamento. Sendo assim, é necessário investigar os demais fatores que possam estar envolvidos com a abertura da porta antes de considerar o uso do paradigma aqui estudado para investigação de mecanismos relacionados à empatia e ao comportamento pró-social.