Caracterização do padrão de Quimiocinas em diferentes formas clínicas da doença de chagas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Araújo, Nayana Luiza Soares de
Orientador(a): Guedes, Paulo Marcos da Matta
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA PARASITÁRIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/23637
Resumo: Quimiocinas atuam no recrutamento e acumulação de leucócitos durante o processo inflamatório e por este papel têm importante participação no desenvolvimento das diferentes manifestações clínicas da doença de Chagas. O objetivo deste estudo foi avaliar a expressão de quimiocinas e receptores de quimiocinas em pacientes com as diferentes formas clínicas desta doença. A quantificação do RNA mensageiro (RNAm) das quimiocinas (CCL1, CCL2, CCL3, CCL4, CCL5, CCL17, CCL22, CCL24, CCL27, CCL28, CXCL9, CXCL10) e receptores de quimiocinas (CCR2, CCR3, CCR4, CCR5, CCR6, CCR7, CCR8, CCR10, CXCR3) de pacientes com as formas indeterminada (n=18), cardíaca (n=17), digestiva (n=15) e cardiodigestiva (n=15) foi realizada a partir de células mononucleares de sangue periférico (CMSP), por PCR em tempo real. Pacientes com a forma cardíaca apresentaram maior expressão relativa de RNAm de CXCL9, CXCL10, CXCR3 e CCR5 quando comparados aos pacientes com a forma indeterminada. Por outro lado, pacientes com a forma digestiva mostraram elevada expressão de transcritos de CCR3 em relação aos pacientes com as formas indeterminada e cardíaca, além disso, houve correlação positiva entre a expressão desse receptor com a dimensão do sigmoide. A expressão relativa de CCL5 foi maior em pacientes com a forma cardiodigestiva em comparação aos pacientes com as formas cardíaca e indeterminada. CXCL9, CXCL10, CXCR3 e CCR5 participam da migração de células do perfil de resposta Th1 e a elevada expressão dos seus RNAm em pacientes com cardiomiopatia chagásica indica a contribuição dessas moléculas no processo inflamatório no tecido cardíaco. Pacientes com a forma digestiva apresentaram maior expressão relativa de CCR3, receptor envolvido com o perfil Th2 de resposta imune, indicando a possível polarização para este perfil no desenvolvimento da forma digestiva. O envolvimento de quimiocinas e seus receptores no desenvolvimento das diferentes formas clínicas da doença de Chagas pode fornecer uma melhor compreensão dos mecanismos de patogênese da doença.