Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Silva, José Adailton da |
Orientador(a): |
Souza, Elizabethe Cristina Fagundes de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/25753
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Resumo: |
A diabetes exige mudanças na vida de quem adoece, em especial, requer a adoção de hábitos de vida saudáveis, atividade física regular e até a autoadministração de medicamentos. Por vezes, exige certo autocontrole que requer a capacidade de reconhecer opções e tomar decisões, ou seja, é necessário o exercício da autonomia pessoal. A importância da discussão sobre autonomia parte do respeito pelas escolhas das pessoas, mesmo diante de situações limitadoras e, deste modo, trabalhar a autonomia nas doenças crônicas ainda é bastante desafiador. Este estudo teve como objetivo compor estratégias de promoção da saúde que estimulem a autonomia nos modos de cuidar da saúde e de lidar com a diabetes, a partir da implantação de um Grupo Estratégico de Promoção da Saúde. Trata-se de pesquisa do tipo participativa, com abordagem qualitativa, apoiada na reflexividade. Foi constituído um grupo composto por dezesseis pessoas diagnosticadas com diabetes para discutir temáticas diversas, definidas e pactuadas com as participantes. A análise das narrativas produzidas nesses encontros resultou em três eixos temáticos, a saber: a) Reconhecer a diabetes; b) Conviver com a diabetes e c) Exercitando a autonomia e o protagonismo. Estes eixos compuseram três sínteses textuais, as quais foram apreciadas e validadas pelas participantes em outros três encontros. Dessas sínteses, desdobrou-se o exercício interpretativo. Os resultados obtidos mostram as experiências das pessoas participantes em relação ao impacto do diagnóstico da diabetes, o que provocou um momento de instabilidade no reconhecimento de seus modos de cuidar da própria saúde e implicou a adoção de novos significados para seus hábitos de vida. O reconhecimento da condição crônica transforma diretamente o modo como elas passam a conviver com a diabetes, a partir de suas diversas estratégias pessoais de autocontrole, autocuidado e adaptação. Compartilhar as experiências facilita o reconhecimento de escolhas possíveis ao próprio sujeito, estimulando sua autonomia e seu protagonismo. O cuidado compartilhado, em um processo de cogestão, é fundamental para a longitudinalidade do cuidado a diabetes. Entre as conclusões do estudo, ressalta-se que o Grupo Estratégico de Promoção da Saúde amplia as possibilidades de cuidado de si e provoca reflexões sobre o trabalho em saúde e as práticas de promoção da saúde, como uma ferramenta importante para a gestão do cuidado na cogestão de coletivos. As estratégias grupais, quando direcionadas para a autonomia dos sujeitos, fortalecem a Atenção Primária à Saúde e possibilitam o alcance de seus atributos essenciais. |