Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Aguiar, Francisca Lidiane Ximenes da Silva |
Orientador(a): |
O'Dwyer, Gisele |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/49678
|
Resumo: |
Na Amazônia brasileira, mesmo com a existência de áreas extremamente expostas às doenças infecciosas e parasitárias, crescem áreas com características de sociedades modernas, que têm como maiores causas de morbimortalidade doenças crônico-degenerativas. Dentre elas, o Diabetes Mellitus, que vem tomando proporções de epidemia mundial. Diante desse cenário, a organização dos sistemas de saúde tem se caracterizado por intensa fragmentação de serviços, voltado principalmente para a atenção às condições agudas e às agudizações das condições crônicas. Visto isso, este estudo se propôs a analisar os caminhos percorridos pelos usuários com Diabetes Mellitus na busca pelo cuidado, no Sistema Único de Saúde, em Santarém, Pará. Foi utilizada como estratégia metodológica a realização de entrevistas semiestruturadas com os usuários e como referencial analítico, a Teoria da Estruturação, de Anthony Giddens. Participaram do estudo 34 pessoas com diabetes, atendidas em pontos da Atenção Primária e da Especializada. A maior parte, dos participantes do estudo, foi composta por pessoas do sexo feminino, com idade entre 25 a 80 anos, pardas, com ensino fundamental incompleto, aposentados ou pensionistas, com tempo de diagnóstico variando entre 3 meses e 30 anos, e com hipertensão associada. Os usuários demonstraram consciência das fragilidades no sistema de saúde, ao mesmo tempo, em que revelaram satisfação com o atendimento recebido. Destacaram-se como fatores restritivos ao cuidado da pessoa com diabetes: a insuficiência de equipes da ESF e do Nasf, para o tamanho da população; a precariedade na oferta de medicamentos; a dificuldade de acesso aos serviços especializados ambulatoriais; a falta de médico oftalmologista; e a falha na comunicação entre os níveis de atenção. E como fatores facilitadores: as políticas de saúde; a adesão ao tratamento medicamentoso e à dieta; e a atuação afetuosa e atenciosa dos profissionais da Atenção Primária, que faz os usuários se sentirem acolhidos e satisfeitos. No entanto, na busca por serviços especializados se inicia uma peregrinação solitária e exaustiva, em que o usuário se vê “perdido”, “desamparado” e sem o pleno entendimento de como pode ocorrer seu percurso na rede, tornando-se o principal responsável pelo seu cuidado. |