Efeitos do treinamento intervalado de alta intensidade e destreinamento na saúde mental de mulheres com Síndrome dos ovários policísticos: ensaio clínico randomizado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Santos, Isis Kelly dos
Orientador(a): Dantas, Paulo Moreira Silva
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/33950
Resumo: Introdução:Diferentes protocolos de treinamento com exercícios físicos têm sido realizados com mulheres com Síndrome dos ovários policísticos (SOP), em diversos contextos e aplicabilidade, demostrando resultados positivos sobre as alterações clínicas e metabólicas da SOP. Existem algumas lacunas sobre as respostas psicológicas e da qualidade de vida após o treinamento intervalado de alta intensidade (TIAI). Objetivo: Investigar os efeitos do treinamento intervalado de alta intensidade (TIAI) e do destreinamento na qualidade de vida e saúde mental de mulheres com SOP, e descrever as respostas psicofisiológicas (ou seja, percepção subjetiva de esforço e resposta afetiva) ao longo das sessões. Métodos: Esse estudo foi conduzido em duas etapas: um estudo transversal e descritivo, na qual participaram 12 mulheres com SOP (média de idade 26.2 ± 4.1); e um ensaio clinico randomizado, com 23 mulheres com SOP (média de idade 26.0 ± 3.92) que foram alocadas em um grupo controle (n = 11) e um grupo TIAI supervisionado (n = 12). Foram aplicados anamnese, questionários de nível de atividade física (IPAQ), qualidade de vida relacionado à saúde (SF-36), escala de depressão, ansiedade e estresse (DASS-21), escala de percepção subjetiva de esforço (PSE) de Borg (CR-10), escala de valência afetiva e a composição corporal foi avaliada através do DXA e antropometria. As intervenções consistiram em 10 sessões de corrida TIAI de 50 min [intervalos de 10 x 1 min a 90% da frequência cardíaca máxima (FCmáx) intercalados com 3 min de períodos de recuperação ativa a 70% da FCmáx], incluindo 5 minutos de aquecimento e desaquecimento com intervalos de 48 horas (primeira etapa). Na segunda etapa a intervenção TIAI teve duração de 12 semanas e 4 semanas de destreinamento (30 dias). Resultados: Foi possível obsevar que mulheres inativas fisicamente, com sobrepeso e ciclos menstruais irregulares (amenorreia) apresentaram respostas afetivas inferiores no meio e no final das sessões em relação ao início; houve um aumento da PSE e diminuição da resposta afetiva durante as sessões de TIAI; e as respostas de frquência cardíaca e PSE das participantes apresentaram uma variação pequena e média ao longo de dez sessões, respectivamente. Além disso, após 12 semanas de interverção o grupo TIAI apresentou melhorias nos domínios da capacidade funcional, aspectos físicos, estado geral de saúde, ansiedade e depressão. Por outro lado, após 4 semanas (30 dias) de destreino, observamos que as melhorias nos dominios da qualidade de vida não se mantiveram após o período de destreinamento, por outro lado, os dominios da saúde mental apresentaram uma estabilidade. Conclusão: mulheres fisicamente inativas com SOP apresentam valência afetiva positiva no início das sessões de TIAI, porém, ao longo da sessão a valência afetiva diminui para neutra. Além disso, o programa TIAI promoveu uma melhoria na qualidade de vida e saúde mental em mulheres com SOP; adicionalmente, observou-se que após 4 semanas de destreinamento houve redução da qualidade de vida, porém, os domínios da saúde mental apresentaram estabilidade no grupo TIAI diferente do grupo controle.