Estratificação de risco prognóstico e fatores associados em pacientes encaminhados para reabilitação cardíaca

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Sena, Giuliana de Souza
Orientador(a): Bruno, Selma Sousa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/45212
Resumo: As doenças cardiovasculares (DCV) alteram a capacidade física dos pacientes, além de contribuírem para o aumento de despesas com saúde. A reabilitação cardíaca (RC) é reconhecida como instrumento importante desse processo. No entanto, durante essa prática, os cardiopatas podem apresentar eventos adversos associados ao exercício. Diante disso, é indispensável realizar a estratificação de risco desses pacientes antes de iniciar o programa de RC. O objetivo do nosso estudo foi analisar o risco prognóstico e de eventos adversos de pacientes que foram tratados em programa de RC. Trata-se de um estudo retrospectivo com relação a estratificação de risco de pacientes encaminhados para RC no Setor de Reabilitação Cardíaca do Hospital Universitário Onofre Lopes – CORE HUOL. O risco cardiovascular foi analisado de acordo com a recomendação para TECP publicada pela AHA (2012), que estratifica as variáveis do TECP através de cores: verde (melhor prognóstico), amarelo, laranja e vermelho (pior prognóstico). Para essa classificação, utilizamos as variáveis dos testes de físicos pré e pós RC dos nossos pacientes, e a análise estatística foi realizada através do software (IBM SPSS versão 22.0). A maioria dos nossos pacientes foram classificados de forma didática como risco moderado pré-RC (78,6%) e pós-RC (64,3%), pois apresentaram mais de uma variável do teste nas cores amarelo, laranja e/ou vermelho. A média do VE/VCO2 slope foi de 35,2±9,4 na admissão dos pacientes, sendo estratificada na cor laranja. Esse valor reduziu após o período de RC e alterou a classificação da variável para amarelo. O VO2 pico teve média maior que 20.0ml.kg-1 .min-1 , sendo classificado na cor verde. E ainda apresentou correlação moderada e positiva com o tempo de teste tanto pré-RC (0,53/p=0,00) quanto pósRC (0,60/p=0,01). Portanto, concluímos que nossos pacientes foram admitidos com um risco progressivamente maior nos próximos anos, e melhoraram a estratificação após o período de RC, o que indica a importância do nosso programa de exercícios. E ao identificarmos variáveis relacionadas com as métricas da estratificação utilizada, mostramos que outras variáveis devem ser consideradas durante a avaliação do risco do paciente com DCV.