Fauna e flora na zona de arrebentação e associadas a maricultura de macroalgas na área marinha de Pitangui-Extremoz-RN

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Nascimento, Laiz Araújo Silva do
Orientador(a): Teixeira, Dárlio Inácio Alves
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA REGIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO E MEIO AMBIENTE - PRODEMA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/31724
Resumo: A maricultura da macroalga Gracilaria birdae está sendo desenvolvida de forma experimental na praia de Pitangui, município de Extremoz, RN, com a colocação de balsas flutuantes como estruturas de cultivo a aproximadamente de 200m da linha da praia em maré baixa. O presente trabalho objetivou realizar um levantamento preliminar das comunidades da microflora e da fauna acompanhante no cultivo da macroalga Gracilaria birdae, situado na região costeiro marinha de Pitangui, Extremoz/RN. O experimento foi realizado através de coletas sistemáticas no entorno das balsas flutuantes de cultivo da macroalga Gracilaria birdae e zona de arrebentação da praia de Pitangui. As amostras planctônicas foram obtidas com uso de redes de plâncton com malha de 20 e 68 µm coletadas à superfície, ao redor de uma balsa de cultivo recém-instalada com 9m de extensão. O material planctônico coletado foi fixado em solução de formol a 4% e identificado em microscópio óptico, com auxílio de chaves de identificação do plâncton marinho. A ictiofauna foi coletada com o uso de uma rede de arrasto do tipo “picaré”, com dimensões de 20m de comprimento, 1,5 m de altura e 5 mm de malha entre nós. A caracterização morfométrica da ictiofauna da zona de arrebentação da Praia de Pitangui foi realizada a partir de três medidas morfométricas diferentes: comprimento padrão (cm), comprimento total (cm) e peso (g). O Software R Core Team (2020) foi utilizado para as análises estatísticas que consistiram em Dendograma e Análise de Componentes Principais (PCA). A comunidade fitoplânctonica foi composta por 11 gêneros, onde as diatomáceas, foram os organismos mais representantes da amostra. Já a comunidade zooplanctônica apresentou 8 gêneros/espécies, onde o grupo predominante foi Copepoda. As identificações de ictiofauna apresentaram 24 espécies distribuídas por 14 famílias. As espécies pertencentes as famílias Sciaenidae, Polynemidae e Engraulidae concentraram alto número de indivíduos. A partir da análise de PCA observou-se que existe uma grande sobreposição entre os dados. O agrupamento por níveis tróficos apresentou quantidades iguais de onívoros e piscívoros, juntamente com a presença de outros grupos tróficos (herbívoros e planctívoros). Os resultados do presente trabalho sugerem que a zona de arrebentação da Praia de Pitangui apresenta uma limitada fonte alimentar para a ictiofauna estudada. Algumas das espécies aqui analisadas são economicamente importantes para a pesca artesanal ou de subsistência, se fazendo necessários mais estudos para entendimento das dinâmicas existentes na zona de arrebentação da Praia de Pitangui, assim como a criação de políticas públicas de educação ambiental que visem a conservação desse ambiente.