Análise dos problemas relacionados a medicamentos em Terapia Intensiva Neonatal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Leopoldino, Ramon Weyler Duarte
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/25128
Resumo: Introdução: Problema Relacionado a Medicamento (PRM) é qualquer evento relacionado a farmacoterapia que interfere real ou potencialmente nos desfechos clínicos desejáveis. Os PRMs são muito comuns em terapia intensiva, porém, são pouco conhecidos em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN). Objetivo: Analisar os PRMs em UTIN segundo frequência, tipo, causa e condutas farmacêuticas correspondentes. Métodos: Estudo prospectivo observacional na UTIN de um hospital de ensino no Brasil conduzido de janeiro de 2014 a novembro de 2016, baseado nas fichas do serviço de farmácia clínica, sendo excluídos neonatos com tempo de internação< 24 horas e sem medicamentos prescritos. Os PRMs foram classificados segundo o sistema Pharmaceutical Care Network Europe e avaliados quanto a relevância-segurança. Aplicou-se uma análise de regressão logística para identificar fatores e medicamentos associados a PRMs. Resultados: Seiscentos neonatos foram incluídos no estudo com média de idade gestacional de 31,9±4,1 semanas e peso ao nascer de 1.779,4±885.3 g. A incidência de PRM foi de 6,8 casos/1.00 paciente-dias (IC95% 6,2 – 7,3). Efeito subótimo (52,8%) e seleção da dose (39,7%) foram, respectivamente, o problema e a causa mais comuns. A maioria das intervenções farmacêuticas foram realizadas em nível de prescrição, sendo mais de 90% aceitas pela equipe da UTIN. Número de medicamentos (OR 1,19; IC95% 1,09 – 1,30), número de condições clínicas (OR 1,17; IC95% 1,01 – 1,37), tempo de internação (OR 1,05; IC95% 1,02 – 1,07) e parto vaginal (OR 1,61; IC95% 1,04-2,50) foram os fatores associados a PRMs. Os medicamentos de alto risco para PRMs foram alprostadil, amicacina, aminofilina, anfotericina B, ciprofloxacino, fluconazol, gentamicina, meropenem, fenobarbital e vancomicina. Conclusões: PRMs são muito comuns em UTIN, predominando problemas de tratamento subótimo decorrentes, principalmente da escolha inapropriada da dose.