Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Maria Luiza Cruz de |
Orientador(a): |
Azevedo, Carolina Virginia Macedo de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOBIOLOGIA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/54893
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Resumo: |
A experiência universitária promove mudanças na vida dos adultos emergentes, dentre as quais um maior uso de mídia, cuja proximidade ao início do sono ocasiona irregularidade nos horários, privação e piora na qualidade do sono afetando processos cognitivos básicos que regulam o desempenho, tais como a atenção, memória operacional, controle inibitório e flexibilidade cognitiva. Entretanto, o desempenho e a sonolência podem sofrer um efeito compensatório de áreas cerebrais quepode se refletir na ativação cortical e atividade autonômica. Neste trabalho, avaliamos o impacto do uso noturno do celular sobre as irregularidades nos horários e na duração do sono, a qualidade do sono, o jetlag social, a sonolência diurna e o desempenho cognitivo em estudantes universitários. Em paralelo, o efeito compensatório do sistema nervoso autônomo às alterações nos componentes reguladores do sono foi avaliado através da variabilidade da frequência cardíaca (VFC). Participaram do estudo 59 estudantes (44 mulheres) de cursos superiores da área de biociências. Inicialmente, os estudantes preencheram o questionário “A saúde e o sono” e a Escala de Sonolência de Epworth. Em seguida, preencheram o diário de sono, onde registraram o uso do celular após as 18h, e usaram actímetros por 10 dias. Nesta fase, realizaram testes cognitivos e participaram de uma coleta de variáveis de resposta autonômica entre 7 e 9h. Foram realizadas uma análise de GLM para ver o efeito do uso do celular após as 18h sobre as demais variáveis e 3 modelos de equação estrutural para ver as múltiplas relações de previsão entre as variáveis de estudo. De modo geral, houve prevalência de sonolência diurna excessiva na amostra e os estudantes dormiram e acordaram mais cedo, com maior sonolência ao despertar na semana. O maior uso do celular após as 18h previu maior sonolência diurna (β=0,016; p=0,03) e VFC (β=0,460; p=0,001), assim como menor flexibilidade cognitiva (β=- 0,064; p=0,008), e uma tendência à pior atenção sustentada (β=0,115; p=0,063). O impacto indireto do uso do celular após as 18 h sobre a cognição foi avaliado por meio de análises de equações estruturais, considerando sua ação via qualidade de sono (média de despertares noturnos e tempo acordado após adormecer) e irregularidade no sono (jetlag social), assim como por alterações na VFC e EEG. Entretanto, não foram encontrados efeitos indiretos do uso do celular sobre as variáveis cognitivas. Portanto, o uso do celular após às 18h foi associado ao aumento da sonolência diurna com impactos negativos sobre a atenção sustentada e a flexibilidade cognitiva pela manhã em estudantes universitários. Além disso, o uso do celular foi associado ao aumento da VFC, o que pode ser decorrente da ativação do sistema nervoso parassimpático durante esforço cognitivo. |