Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Barbosa, Karina Moritzen |
Orientador(a): |
Souza, Daniel Rodrigo Meirinho de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA MÍDIA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/31396
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Resumo: |
Esta pesquisa investiga a participação de bandas formadas exclusivamente por mulheres na cena musical de rock independente de Natal/RN em três diferentes décadas que foram influenciadas pelas transformações da mídia e do movimento feminista: 1960 (segunda onda), 2000 (terceira onda) e 2010 (quarta onda). A segunda onda marcou a revitalização do movimento com as famosas contribuições de Simone de Beauvoir; a terceira trouxe as reivindicações das feministas das margens para o centro (HOOKS, 2019; LUGONES, 2019; CARNEIRO, 2019) e a quarta marca a influência dos meios digitais na popularização do discurso feminista (PARRY et. al., 2019). Utilizando o conceito de cenas musicais desenvolvido por Will Straw (1991), assim como as interpretações de pesquisadores brasileiros como Jeder Janotti Jr. (2013), Simone Pereira de Sá (2011; 2013), Luciana Xavier de Oliveira (2018) e Tobias Queiroz (2019), esta dissertação constrói um panorama que atravessa as cenas musicais de rock independente atuantes na cidade do Natal, dando destaque às bandas compostas exclusivamente por mulheres. Busca-se entender por que há uma disparidade de gênero entre a quantidade de musicistas homens e mulheres atuantes nestas cenas musicais. Por meio de uma revisão histórica da chegada do rock a Natal que remonta dos anos 1950 até os dias atuais, identifica-se as bandas compostas exclusivamente por mulheres, e suas integrantes são entrevistadas qualitativamente para que seja desenvolvida uma análise dentro das categorias “relação com a música”, “relação com o feminismo” e “relação com a cena musical”. As categorias estão em sintonia com as teorias feminista, de gênero e dos estudos culturais sobre mulheres e o rock, a fim de melhor compreender as mediações que impactam e dificultam suas existências em cenas musicais de rock. O objetivo da pesquisa é alcançado através de entrevistas não-estruturadas que foram realizadas com dezessete mulheres. São elas as integrantes das bandas estudadas em profundidade: As Gatas, ativas em 1966; Darma, em 2005; Flor de Nis e demonia em 2017. Além delas, fazem também parte da pesquisa uma das musicistas das Peraltas, ativas nos anos 1960, e duas organizadoras do festival feminista Girls on X. As entrevistas foram coletadas de diferentes maneiras para melhor alcançar as mulheres, tendo sido feitas presencialmente, por Skype, por e-mail e por Whatsapp. A análise dos conteúdos foi orientada por Bardin (1971), juntamente com o embasamento discutido na fundamentação teórica. As mediações que atravessam as existências das mulheres nas cenas musicais, suas primeiras experiências como musicistas (LEONARD, 2007; BAYTON, 2005a; BAYTON, 2005b; COHEN, 2005; MCROBBIE, 2005) e seu contato com o feminismo são discutidas para guiar as análises desenvolvidas. |