Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Pessoa, Felipe de Azevedo |
Orientador(a): |
Elsangedy, Hassan Mohamed |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/45277
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Resumo: |
Introdução: Estudos demostram que pessoas com avaliações automáticas afetivas (AAA) positivas realizam mais exercícios físicos a atividade física de forma geral. As AAA são formadas dentre outras pela sensação de prazer ou desprazer (afeto) sentido em experiências anteriores. Em geral, quanto maior a percepção subjetiva do esforço (PSE) menor é o afeto durante o exercício. Sabe-se que o estado de fadiga mental pode acentuar a PSE, no entanto, a possível influência da fadiga mental sob o afeto e consequentemente sob as avaliações automáticas afetivas ainda não foram estudadas até o presente momento. Objetivo: Investigar a influência da fadiga mental sobre o afeto durante o exercício físico, e os efeitos de se exercitar neste estado mental sobre as avaliações automáticas afetivas acerca do exercício. Métodos: Tratase de um estudo com delineamento experimental, cruzado, aleatorizado e contrabalanceado. A amostra foi constituída de 12 adultos jovens (6 mulheres e 6 homens; idade :24,9 ± 2,9; IMC: 24,2 ± 2,6) insuficientemente ativos fisicamente (não atingiram as recomendações mínimas do ACSM para exercícios moderados/vigorosos nos últimos 3 meses). O estudo foi dividido em 3 visitas: (1) obtenção da frequência cardíaca de repouso, familiarização com as escalas e realização do teste de esforço máximo; (2 e 3) foram randomizadas, onde em uma sessão foi aplicado o teste stroop por 30 minutos antes da realização de 20 minutos de exercício físico (velocidade e inclinação fixas correspondentes a velocidade e inclinação que os voluntários atingirem 45% da frequência cardíaca de repouso no teste de esforço máximo) na esteira (condição experimental) e na outra sessão os voluntários assistiram um filme documentário também por 30 minutos antes do exercício (condição controle). O teste de Friedman foi utilizado para comparar o afeto entre as condições antes, durante e após o exercício. A ANOVA de duas vias para medidas repetidas foi utilizada para comparar a fadiga mental entre as condições antes e após o filme documentário e teste stroop, e para comparar as AAA entre as condições no início e ao final das condições. Logo em seguida o post hoc de Bonferroni foi aplicado para determinar aonde as diferenças significantes ocorreram. O teste T pareado foi utilizado para comparar a média da PSE e FC cardíaca durante o exercício entre as duas condições. O nível de significância adotado foi de p<0,05. Resultados: O nível de fadiga mental aumentou apenas na condição experimental (p<0,01). Além disso, o nível de fadiga mental após o teste stroop foi maior que o nível de fadiga após o filme documentário (p= 0,04). O teste de comparações múltiplas revelou que a média do afeto durante a segunda metade do exercício físico na condição experimental foi menor que o afeto durante a primeira metade do exercício na condição controle (p= 0,02). A média da PSE durante o exercício foi significantemente maior na condição experimental (p= 0,04). Não foi observada diferenças nas AAA entre as condições em nenhum tempo. Conclusão: Este estudo forneceu a primeira evidencia mostrando que o estado de fadiga mental diminui o afeto durante o exercício. No entanto, esta experiência menos prazerosa não foi suficiente para reduzir as AAA de forma aguda. |