Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Bezerra, Priscilla Karilline do Vale |
Orientador(a): |
Martins, Rand Randall |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/50841
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Resumo: |
As gestantes são particularmente vulneráveis a problemas relacionados a medicamentos (PRMs), principalmente as de alto risco. Apesar da sua relevância, são escassos dados sobre frequência, tipo, causa, e fatores associados nessa população. Na América Latina, até onde sabemos, inexistem estudos com essa temática. O objetivo desse estudo foi caracterizar os PRMs em gestantes de alto risco com quadros de hipertensão gestacional (HG) e diabetes mellitus gestacional (DMG) segundo frequência, tipo, causa, e fatores associados à sua ocorrência no âmbito hospitalar. Estudo observacional, longitudinal e prospectivo que incluiu 571 gestantes hospitalizadas com quadros HG e DMG incluídas entre setembro de 2019 a julho de 2022 em uso de pelo menos um medicamento. Para a identificação dos PRMs, as pacientes internadas foram avaliadas diariamente durante toda internação através de busca ativa por análise de prescrição, pesquisa ativa em prontuários e entrevistas diárias. Os PRMs foram classificados de acordo com Classification for Drug-Related Problems (PCNE V9.00). Além da estatística descritiva, modelo de regressão logística multivariada foi empregado para determinação dos fatores associados aos PRMs. Consentimento informado por escrito foi obtido de todas as pacientes. Resultados apontam uma prevalência de PRMs (63,8%) com um total de 873 ocorrências identificadas. Os PRMs frequentes foram relacionados à inefetividade terapêutica (72,2%) e ocorrência de eventos adversos (27,0%) e os principais medicamentos envolvidos foram insulinas e metildopa. Logo, nos cinco primeiros dias de tratamento, destaca-se a inefetividade da insulina (24,6%), associada à subdose (12,9%) ou frequência de administração insuficiente (9,5%) e a metildopa associada à ocorrência de reações adversas (40,2%) nas primeiras 48h. Menor idade materna (OR 0,966, CI95% 0,938 – 0,995, p = 0,022), menor idade gestacional (OR 0,966, IC95% 0,938 – 0,996, p = 0,026), relato de hipersensibilidade a medicamentos (OR 2,295, CI95% 1,220 – 4,317, p = 0,010), o maior tempo de tratamento (OR 1,237, IC 95%: 1,147 – 1,333, p = 0,001) e número de medicamentos prescritos (OR 1,211, IC 95%: 0,240 – 5,476, p = 0,001) foram fatores de risco para ocorrência de PRMs. Em suma, os PRMs são frequentes em gestantes com quadros de HG e DMG, predominando a inefetividade terapêutica associada a dose insuficiente de insulina e ocorrência de eventos adversos, sobretudo a reações adversas da metildopa nas primeiras 48h de tratamento, com tendência a decréscimo até o 5º dia. Menor idade materna, menor tempo de gestação, relato de hipersensibilidade medicamentosa, maior tempo de tratamento e número de medicamentos prescritos se mostraram associados à ocorrência de PRM. |