Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Magalhães, Camilla Azevedo Silva |
Orientador(a): |
Marano, Daniele |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/54310
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Resumo: |
Objetivos: Revisar de forma sistemática as divergências metodológicas entre os estudos que avaliaram a associação entre o diabetes mellitus gestacional e a prematuridade e avaliar as diferenças dos potenciais fatores de risco entre mulheres com diabetes mellitus gestacional e de risco gestacional habitual. Métodos: A primeira fase dessa dissertação consistiu na realização de uma revisão sistemática de artigos que analisaram a associação entre o diabetes mellitus gestacional e a prematuridade. A busca dos artigos ocorreu entre outubro e dezembro de 2020, sem restrição de idioma e período de publicação, nas seguintes bases de dados – PubMed, Biblioteca Virtual em Saúde (Lilacs/Bireme/BVS Brasil), Embase e Scopus. Foram utilizados os seguintes descritores: “Gestational Diabetes Mellitus” and “Prematurity”. Os critérios de inclusão foram artigos que avaliaram gestantes com diabetes mellitus gestacional e como desfecho, a prematuridade, considerando tanto o parto prematuro espontâneo quanto o induzido. Para a segunda fase, foi realizado estudo transversal com 10.398 puérperas, sendo 1.915 puérperas com diabetes mellitus gestacional e 8.483 com risco gestacional habitual. Foram excluídas as mulheres com gestações múltiplas ou natimortos. A informação de diabetes mellitus gestacional adveio do prontuário e/ou cartão de pré-natal e a de risco gestacional habitual foi autorrelatada pela puérpera. Dentre as mulheres que autorrelataram não ter risco gestacional, foram excluídas aquelas com idade acima de 35 anos, com obesidade pré gestacional e/ou hipertensão crônica e/ou síndrome hipertensiva gestacional. Os potenciais fatores de risco se detiveram nas questões socioeconômicas, antecedentes clínicos e obstétricos, informações da gestação atual e pré-natal. Além disso, foram avaliados os desfechos perinatais e neonatais em ambos os grupos. A análise foi realizada no software SPSS utilizando métodos para amostras complexas. O teste qui-quadrado de Pearson foi utilizado para avaliar as diferenças dos potenciais fatores de risco entre mulheres diabéticas e de risco gestacional habitual. Os dados foram descritos em termos de frequências absolutas, relativas e respectivos intervalos de confiança, com um nível de confiança de 5% Resultados: No primeiro artigo, em relação à revisão sistemática, 868 estudos foram identificados, todavia apenas doze foram selecionados. Destes, seis observaram associação entre diabetes mellitus gestacional e a prematuridade. No segundo artigo, as diabéticas tinham mais de 12 anos de estudo, se autorrelataram brancas, pertenciam à classe econômica C, tinham excesso de peso pré-gestacional e ganho de peso gestacional excessivo, eram multíparas com histórico de cesárea e abortos anteriores comparativamente àquelas de risco habitual. A assistência pré-natal foi considerada adequada ou mais que adequada para 74,1% das mulheres com diabetes mellitus gestacional. Em relação aos desfechos neonatais, as diabéticas tiveram maiores percentuais de recém-nascido grande para idade gestacional ou prematuro em comparação às de risco gestacional habitual Conclusão: Devido às divergências metodológicas entre os estudos selecionados que compuseram a revisão sistemática, ainda é necessário avaliar a associação entre o diabetes mellitus gestacional e a prematuridade. Quanto aos potenciais fatores de risco entre as mulheres com diabetes mellitus gestacional e as de risco gestacional habitual, observou-se que as diabéticas detiveram condições socioeconômicas, antecedentes clínicos e obstétricos mais desfavoráveis, porém tiveram maior percentual de adequação do pré-natal. |