Ação antimicrobiana dos extratos de Turnera ulmifolia linn e Passiflora edulis flavicarpa degener frente a bactérias bucais do gênero Streptococcus e microrganismos superinfectantes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Mendonça, Angélica Kercya Pereira de
Orientador(a): Lins, Ruthineia Diógenes Alves Uchoa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/24611
Resumo: O controle químico do biofilme dentário e da microbiota planctônica atua como coadjuvante do controle mecânico para fins de manutenção e/ou restabelecimento da saúde bucal. Nesse contexto, emergem os fitoterápicos com a finalidade de atuar como agentes antimicrobianos na cavidade oral. Diante disso, o presente estudo buscou avaliar a ação antimicrobiana dos extratos da folha e da raiz da Turnera ulmifolia Linn. (chanana) e da folha da Passiflora edulis Flavicarpa Degener (maracujá-amarelo) frente a bactérias do gênero streptococcus (Streptococcus mutans, Streptococcus oralis e Streptococcus sanguinis) e microrganismos superinfectantes (Pseudomonas aeruginosa e Enterococcus faecalis) do ambiente bucal. Para isso foram investigadas a Concentração Inibitória Mínima (CIM), a Concentração Inibitória Mínima de Aderência (CIMA) e a Cinética Bactericida dos extratos mencionados, utilizando como controle o digluconato de clorexidina a 0,12%. No que diz respeito à atividade inibidora de crescimento bacteriano dos extratos investigados, verificou-se que frente ao Streptococcus mutans, o extrato da folha da Turnera ulmifolia Linn se apresentou estatisticamente superior aos demais (p<0,05); com relação aos Streptococcus oralis e Streptococcus sanguinis, foi o extrato da folha da Passiflora edulis Flavicarpa Degener que exibiu resultados com significância estatística (p<0,05) e diante dos microrganismos superinfectantes, foi o extrato da raiz da Turnera ulmifolia Linn que apresentou os melhores resultados (p<0,05). Esses extratos vegetais mostraram halos de inibição variados, apresentando até 22mm de diâmetro. No tocante ao efeito antiaderente, todos os extratos testados apresentaram resultados positivos em diferentes diluições, para todos os microrganismos estudados, merecendo destaque apenas o efeito antiaderente do extrato da folha da Passiflora edulis Flavicarpa Degener frente aos Streptococcus oralis e Streptococcus sanguinis. Quanto à Cinética Bactericida, os extratos bruto e diluídos testados não demonstraram atividade inibidora de crescimento bacteriano a partir de 4h de contato com nenhum dos microrganismos do estudo. Porém, o digluconato de clorexidina a 0,12% se mostrou mais eficaz do que todos os referidos extratos para todos os testes realizados, exceto para o efeito antiaderente do extrato da folha da Passiflora edulis Flavicarpa Degener frente aos Streptococcus oralis e Streptococcus sanguinis, sendo esses últimos superiores ao digluconato de clorexidina a 0,12%. Portanto, conclui-se que os extratos vegetais apresentam atividade inibidora de crescimento bacteriano, efeito antiaderente e potencial bactericida inferiores ao digluconato de clorexidina a 0,12% frente a todos os microrganismos estudados, exceção feita somente ao efeito antiaderente do extrato da Passiflora edulis Flavicarpa Degener com relação aos Streptococcus oralis e Streptococcus sanguinis que parece ser superior àquele do digluconato de clorexidina a 0,12% para os extratos investigados.