Gestão adaptativa às mudanças climáticas: uma análise situacional em municípios do semiárido brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Santos, Yonara Claudia dos
Orientador(a): Pessoa, Zoraide Souza
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS URBANOS E REGIONAIS
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/51384
Resumo: Os impactos das mudanças climáticas globais afetam todas as formas de vida no planeta. No Brasil, a região semiárida é altamente afetada pelas longas secas, e com a celeridade no processo das mudanças climáticas a tendência é que se intensifiquem os riscos de desastres decorrentes de eventos climáticos extremos. Cenários de riscos demandam estratégias de prevenção e resposta aos possíveis danos que o ambiente pode sofrer em caso da ocorrência desses eventos extremos. E no âmbito das mudanças climáticas essas estratégias devem ser pautadas nas agendas políticogovernamentais com o intuito de ampliar a capacidade adaptativa do sistema, a partir de ações que promovam a adaptação como resposta aos impactos da mudança do clima. No entanto, os municípios, em sua maioria, não apresentam uma gestão voltada para a adaptação às mudanças climáticas, mesmo aqueles mais suscetíveis aos riscos, ameaças climáticas e vulnerabilidade socioambiental. Com base nessa problemática, a pesquisa propôs-se a analisar a gestão dos municípios inseridos na bacia hidrográfica do rio Piancó-Piranhas-Açu, quanto à capacidade de resposta adaptativa aos riscos e ameaças de extremos climáticos. Metodologicamente, a pesquisa realizou uma abordagem mista (quanti-qualitativa), onde foi desenvolvido o Índice de Gestão de Capacidade Adaptativa (IGCA), estruturado a partir de indicadores binários socioambientais da base de dados da Pesquisa de Informações Básicas Municipais (MUNIC/IBGE) atinentes à gestão de riscos e de desastres, no intuito de estabelecer um diagnóstico situacional sobre a capacidade de gestão de riscos de desastres associados às mudanças climáticas. Em fase experimental, o índice foi aplicado aos municípios inseridos no recorte territorial da Unidade de Planejamento Hidrológico Seridó, no Rio Grande do Norte (UPH Seridó RN). Os resultados apontaram que a UPH Seridó RN está mais propensa às ameaças inerentes aos riscos de eventos climatológicos; os municípios apresentaram maior índice de vulnerabilidade social que ambiental, e apresentam baixa capacidade de gestão aos riscos das mudanças climáticas, o que infere nível “baixo” na gestão de capacidade adaptativa em uma escala de 5 níveis que vai de “muito baixo” a “muito alto”. Com base nos resultados, reafirmou-se que as questões socioambientais e climáticas são pouco incorporadas nos municípios da UPH Seridó RN, cujos perfis municipais permitem inferir que essa é uma realidade semelhante, em todo o território da bacia. A pesquisa deixa margem para continuidade em estudos posteriores, a fim de que o campo de análise seja melhor explorado também empiricamente.