Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Silva, Louyse Rodrigues da |
Orientador(a): |
Knox, Winifred |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Estudos Urbanos e Regionais
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/57875
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Resumo: |
A comunidade quilombola Bela Vista Piató localizada no município de Assú/RN, semiárido potiguar, tem enfrentado desafios com questões climáticas e socioambientais que ameaçam as atividades econômicas, além de alterar dinâmicas e relações produtivas, afetando diretamente a produção de alimentos. Nesse sentido, o objetivo deste estudo foi analisar a (In)Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) dos moradores da comunidade quilombola Bela Vista Piató e refletir sobre a relação com as questões socioambientais e os impactos das mudanças climáticas na Lagoa do Piató em Assú/RN, que tem sido historicamente local de produção de alimentos. A pesquisa foi faseada, além do referencial teórico construído a partir de categorias analíticas como: semiárido, mudanças climáticas, segurança alimentar e nutricional, comunidades rurais e pesqueiras artesanais, foi viabilizado um estudo de caso. A metodologia consistiu na observação participante em reuniões da Associação Comunitária Quilombola da Bela Vista Piató, em entrevistas exploratórias, visando conhecer a percepção dos moradores sobre as questões ambientais e possíveis associações climáticas. Em relação ao consumo alimentar dos moradores, foi feita a aplicação de questionários, incluindo aspectos sobre a percepção dos moradores e, questões para mensurar de maneira direta a segurança alimentar e nutricional na dimensão de acesso regular e permanente ao alimento da população, por meio chamada Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA). Por fim, nas análises, associou-se às projeções climáticas para região e o consumo alimentar da comunidade estudada numa perspectiva interdisciplinar e qualitativa. Verificou-se uma prevalência de 96,1% dos moradores entrevistados em situação de insegurança alimentar: dos indivíduos que viviam em situação de insegurança alimentar, 46,07% eram pescadores e 47,05% eram agricultores. Sobre a percepção dos moradores em relação às mudanças climáticas, 77,45% percebem-nas ao relacionar as dificuldades para desempenhar suas funções como resultado das mudanças. Observa-se uma prevalência de insegurança alimentar de 73,52% nas casas chefiadas por mulheres quilombolas. Conclui-se, portanto, que a população está em insegurança alimentar e as mudanças climáticas apresentam conexões resultantes em impactos severos nas quatro dimensões da SAN da população local. |