Desenvolvimento e caracterização de formulações larvicidas contendo derivado do ácido cinâmico para o combate ao Aedes aegypti

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Almeida, Addison Ribeiro de
Orientador(a): Aragão, Cícero Flávio Soares
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/29458
Resumo: A principal estratégia de controle das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti é a eliminação do vetor, principalmente em sua fase larval. Os larvicidas e inseticidas comerciais apresentam toxicidade ambiental. Nesse contexto surgem os produtos naturais como alternativas para solucionar essa problemática. O objetivo desse estudo foi desenvolver e caracterizar formulações contendo cinamato de pentila e avaliar sua atividade larvicida para o Aedes aegypti. O cinamato de pentila foi obtido por semissíntese através da esterificação do ácido cinâmico. Este composto foi caracterizado e sua pureza determinada por RMN 1H e CLUE-EM/EM. Foram realizados ensaios para avaliar o efeito do cinamato de pentila sobre larvas L3 e em mosquitos adultos de Ae. Aegypti. Foi observada uma atividade larvicida com CL50 de 19,9 μg.mL-1 , e em mosquitos adultos na dose de 200 μg por frasco teste, 80,8 ± 3,8 % de mortalidade em 2 h. Foram produzidas nanoemulsões com as lecitinas comerciais PHOSAL® 50+ (PHO), LIPOID® S 20 (L20) e LIPOID® S 75- 3 (L75) por homogeneização com agitação mecânica e ultra turrax. As nanoemulsões foram submetidas à secagem por atomização para a obtenção de micropartículas sólidas, que foram caracterizadas por FTIR, MEV, DSC e TG. As nanoemulsões obtidas por agitação com turrax apresentaram menores tamanhos de gotícula, sendo a de PHO: 81,0 ± 1,8 nm; L20: 120,4 ± 4,9 nm e L75 com 150,9 nm. As nanoemulsões de PHO se mostraram as mais estáveis durante 30 dias de observação, também foram as que apresentaram maior teor de cinamato de pentila com 66,0 ± 0,5%. As imagens obtidas por MEV evidenciaram que as micropartículas formadas pelas diferentes lecitinas tiveram aspecto semelhante entre elas. Nos espectros de FTIR foram observados sinais de estiramento característicos do cinamato de pentila e dos excipientes e pelas técnicas de DSC e TG foi possível ver um aumento da estabilidade do composto incorporado nas micropartículas sólidas. O estudo preliminar de toxicidade em zebrafish demonstrou evidências de toxicidade do cinamato de pentila em baixas concentrações, entretanto, futuros estudos deverão ser realizados para a influência do solvente neste tipo de modelo. As nanoemulsões e micropartículas produzidas se mostraram adequadas para viabilizar o uso em água desse éster com potencial uso como larvicida e adulticida, abrindo perspectivas para estudos com outros compostos.