Avaliação da eficácia de duas formulações do larvicida pyriproxyfen para o controle do Aedes aegypti usando armadilhas disseminadoras em três bairros do município do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Pinto, Rosilene de Alcântara
Orientador(a): Lima, José Bento Pereira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/43831
Resumo: Doenças como dengue, Zika e chikungunya continuam em crescente dispersão apesar de inúmeras formas de combate ao inseto vetor, o Aedes aegypti. Neste contexto, a necessidade de controle do avanço de doenças causada por agentes etiológicos veiculadas pelo inseto vetor torna indispensável a utilização de novas ferramentas. Apesar de várias estratégias já estarem sendo utilizadas, medidas efetivas e integradas de controle sempre estão em desenvolvimento. Existe atualmente grande quantidade de armadilhas usadas para monitoramento servindo também como aliadas no controle. Além disso, novas metodologias vêm sendo estudadas, aperfeiçoadas e empregadas como alternativas no controle do Aedes. Este estudo teve por finalidade avaliar a eficácia da dispersão de duas novas formulações do larvicida pyriproxyfen, um análogo de hormônio juvenil que atua no desenvolvimento das formas imaturas do mosquito. Foi realizado em três áreas que compreendem três bairros e um sub bairro da zona oeste do município do Rio de Janeiro, totalizando uma cobertura aproximada de 4500 imóveis. Duas áreas foram trabalhadas com formulações distintas de pyriproxyfen (pó e líquido) e uma área controle somente com as ações de rotina do Programa Municipal de Controle da Dengue que consistem em visitas domiciliares com o intuito de verificação, eliminação e tratamento de criadouros do Aedes aegypti No monitoramento das áreas foram utilizadas ovitrampas, no período de outubro de 2017 a fevereiro de 2019, perfazendo um total de 61 semanas. Nesse período foi realizado levantamento dos índices de positividade, densidade e médio de ovos e retirados do ambiente, 997.975 ovos. Após comparações dos índices entre as áreas feitos através do monitoramento das ovitrampas, observamos que apesar da formulação pó de pyriproxyfen ter apresentado índices entomológicos menores que a área controle, a área de utilização da formulação líquida de pyriproxyfen foi a que apresentou os menores índices, demostrando maior eficiência e frequência no período do estudo com diferenças estatísticas significantes dos índices entomológicos, comparados à área controle e à área da formulação pó. Nas duas áreas em que os produtos foram utilizados, verificamos uma baixa taxa de eclosão e emergência de espécimes. Verificamos ainda que na área do produto líquido, foi mais acentuado, ficando por vários meses sem que nenhum espécime atingisse a fase adulta. Dessa forma, concluiu-se que esta metodologia contribui de forma positiva e eficaz e pode ser utilizada como alternativa complementar de controle do Aedes aegypti, sem prejuízos às técnicas já utilizadas. Demonstrou redução na densidade de ovos, interferência na eclosão e no ciclo de desenvolvimento do mosquito baixando consideravelmente a infestação de mosquitos nas áreas em que foi utilizada Apresenta-se como uma ferramenta de baixo custo e de fácil utilização pelos Agentes de Saúde. Sendo assim, pode contribuir no controle de doenças transmitidas por vetores considerando, principalmente, as diversas particularidades estruturais e socioambientais encontradas no município do Rio de Janeiro, RJ, Brasil.