Produção de sentidos sobre a militância política de mulheres vinculadas ao MST/RN

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Oliveira, Antonimária Bandeira de Freitas
Orientador(a): Leite, Jader Ferreira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/20900
Resumo: Estudos apontam que o tema das relações de gênero no interior do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) vem incorporando, no conjunto dos seus discursos e práticas cotidianas, algumas discussões de orientação feminista. Diante disso, o presente estudo objetivou investigar a produção de sentidos sobre a militância política de mulheres vinculadas ao MST no Rio Grande do Norte. Os objetivos específicos buscaram identificar as permanências e rupturas em relação ao papel feminino no âmbito familiar das mulheres militantes e investigar o posicionamento discursivo das militantes em torno do trabalho. O estudo configura-se como uma pesquisa qualitativa, onde nesta participaram seis mulheres militantes vinculadas ao MST no RN. Estas ocupam as funções de coordenação ou liderança no movimento. Utilizamos como instrumento de acesso ao fenômeno a entrevista semi estruturada, orientadas inicialmente por questões disparadoras que incluíam, dentre outras, as dimensões: militância política, família e trabalho. Os discursos foram analisados a partir de uma categorização inicial, tomando por base os eixos norteadores: militância, família e trabalho. Os sentidos da militância apontam para: contribuição, esperança, reconhecimento, transformação, conscientização e luta. Os resultados evidenciam que há sempre em jogo um discurso de positivação da vida, das conquistas por meio do processo de formação política e de um novo lugar enquanto mulher. Estes vêm justificados pelo investimento coletivo de luta, não só pelo acesso à terra, mas por conquistas de direitos sociais. Por fim, o MST se interpõe como um agenciamento discursivo que contribui para produzir nessas mulheres não apenas vias ao exercício da participação política, mas do exercício enquanto sujeitos coletivos.