Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2004 |
Autor(a) principal: |
Sena, Francisca Maria Rodrigues |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=31229
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Resumo: |
As relaçoes de genero, compreendidas como construçao social que define a identidade sexuada de homens e mulheres, são permeadas de poder e historicamente materializam-se desigualmente, subordinando e excluindo a maior parte desses sujeitos: as mulheres. Presumindo que essa constituiçao perpassa a açao desses sujeitos nos espaços e esferas publicas e privadas, privilegiamos, investigar esta construçao a partir das açoes e concepçoes dos sujeitos socialmente subordinados, verificando na sua organizaçao politica como são percebidas e construidas as relaçoes de genero. Dispusemo-nos, tambem, a identificar na militancia politica das mulheres engajadas na Associaçao Mulheres em Movimento, organizaçao que tem inserçao na periferia da cidade de Fortaleza, se ha uma reproduçao ou uma ruptura com o modelo tradicional de militancia politica; alem disso, buscamos elucidar a indagaçao dos limites da construçao de relaçoes igualitarias de genero num grupo formado eminentemente por mulheres. No percurso para o alcance dos objetivos recorremos a hermeneutica feminista buscando adotar um enfoque critico de genero ao logo da revisitaçao do marco teorico e da pesquisa de campo. A investigaçao foi desenvolvida com a mediaçao de tres categorias fundantes - genero, militancia politica e esfera publica. Na pesquisa, as mulheres apresentam, em suas falas, principalmente dois espaços de definiçao das relaçoes de genero: o espaço domenstico e a esfera publica, seja para reproduçao ou ruptura das desigualdades. Percebem sua militancia politica no movimento de mulheres como caminho para superaçao da violencia domestica, do machismo, da pobreza, do desemprego e na luta pelo reconhecimento da sua identidade de sujeito e de conquista de politicas publicas efetivas. No espaço domestico, demonstram consciencia da sua responsabilidade de desconstruir esta realidade desigual e gerar relaçoes mais igualitarias, Na Associaçao definem como estrategia central a formaçao profissional das mulheres (massoterapia, saude, geraçao de trabalho e renda, formaçao, alfabetizaçao de jovens e adultos), na perspectiva de criraçao de valores e de vivencias que fortaleçam o seu processo de libertaçao e empoderamento. O fazem quando na militancia politica reinventam a esfera publica ao trazerem experiencias e reflexoes antes segregadas no espaço domestico, socialmente considerado apolitico, deixando revelar o seu carater politico. Desta forma, gestam uma forma particular de fazer politica que nao encontra referencia na militancia tradicional. Embora a Associaçao tenha priorizado trabalhar com mulheres, elas deixam revelar os limites e a necessidade de faze-lo com os outros sujeitos da relaçao: os homens. Entre discursos e praticas tecem vivencias e reflexoes que tencionam uma ruptura com as bases da sociedade machista, patriarcal e androcentrica, e tambem, contraditoriamente a percebemos enredadas pelos limites desta realidade desigual. |