Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Silva, Tarcyene Ellen Santos da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA LINGUAGEM
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/54855
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Resumo: |
O presente estudo tem como objetivo analisar o Roman Dessiné na obra Autoportrait de Paris avec Chat (2018) de Dany Laferrière, tendo em vista as imagens presentes na narrativa em questão. Essa produção ficcional, publicada em 2018, é o primeiro ‘espécime’ do novo gênero criado pelo autor Imortal da Academia Francesa de Letras. Num primeiro olhar, o públicoleitor pode confundir o livro com um caderno de desenho infantil. Contudo, a narrativa é bem mais que isso. Nela nos deparamos com três personagens principais: um escritor famoso que está prestes a receber a condecoração de imortalidade por seus livros, a cidade Paris, e o Gato, de perfil burlesco ao estilo dândi, que conhece cada recanto cultural da capital francesa mais visitada do mundo. Assim, somos imersos num museu de imagens e de palavras, em que surge uma Paris pessoal, povoada pelos artistas mais célebres dos diversos campos estéticos e das variadas épocas. O Roman Dessiné de Dany Laferrière nos faz recordar diversas obras vanguardistas, seja na imagem, seja na escrita. Tendo em vista essas características da obra, trabalhamos a hipótese de que o Roman Dessiné é o resultado de diálogos entre literatura e imagem, os quais aconteceram tanto no decorrer do século XX, quanto no circuito interno do conjunto das obras de Dany Laferrière. Acreditamos que o autor resguarda uma tradição poética e estética, todavia, ao mesmo tempo, inovando-as, na medida em que explora os níveis de picturalidade (LOUVEL, 2016a; LOUVEL, 2016b) em suas obras. Para nós, Autoportrait de Paris avec Chat pode ser considerado um marco estético em que vemos surgir, pela primeira vez, um concretismo imagético no romance. Nossos resultados preliminares confirmam que por meio de desenhos parodísticos e de caricaturas, o autor haitiano-quebequense ilustrou as referências que surgem constantemente em outras de suas produções, apresentando, desta vez de próprio punho, os pintores e as obras que marcaram, de alguma forma, o seu percurso. |