Para além da negritude caribenha, a metanegritude : um estudo sobre o percurso identitário de Dany Laferrière

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: St Vil, Christopher Rive
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/34480
Resumo: Neste trabalho, investigo as construções identitárias laferrianas para aprofundar o que chamei de metanegritude a partir das análises dos romances de Dany Laferrière: Cette grenade dans la main du jeune nègre est-elle une arme ou un fruit ? (1993), Je suis un écrivain japonais (2009) e L’exil vaut le voyage (2020). A partir da perspectiva da metanegritude, que se caracteriza pela desterritorialização (conflito com os autoctonismos), pela espacialidade dinâmica (exílio e migração) e pelo pós-racialismo (utopia que vincula a escrita à tradição da luta da negritude), dialogo com os conceitos de pós-negritude, de literatura migrante e de literatura diaspórica. Depois de ter me debruçado sobre as construções narrativas e as entrevistas fornecidas pelo autor, destacando o que o “eu” tem a dizer sobre si, realço, em seguida, a maneira pela qual tanto o autor como seus narradores-personagens procuram se desfazer das identidades vinculadas às questões raciais e nacionais e aos espaços em que se deslocam: espaços fixos (Caribe), espaços míticos (África), espaços diaspóricos (sobretudo Canadá e Estados Unidos) e espaços utópicos (Novo mundo). Ao final das reflexões, retomo algumas ideias cruciais a fim de oferecer algumas observações: a metanegritude enquanto experiência estética, o saber circular dos protagonistas laferrianos e o fato de Laferrière procurar ser universal.