Professoras das escolas rurais de São João do Sabugi/RN (1954-2014): funções sociais cruzadas no ensino primário público

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Fernandes, Aline de Medeiros
Orientador(a): Stamatto, Maria Inês Sucupira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/50095
Resumo: A pesquisa tem o objetivo de analisar as escolas rurais e as funções docentes, considerando a construção da narrativa histórica das memórias de mulheres que exerceram o magistério no interior do Rio Grande do Norte, região Seridó, São João do Sabugi (1954-2014). A demarcação espaço-temporal compreende a data de organização político-educacional, em 1954, com a promulgação da Lei Municipal nº 63 de 02 de abril, que criava e nomeava, institucionalmente, as primeiras escolas rurais públicas do lugar, até a data em que oficialmente estiveram todas as escolas rurais extintas (2014), após um gradual processo de nucleação (reunião de escolas) e paralisações. Esta pesquisa foi construída a partir das orientações da teoria e metodologia em História, optada pela concepção da Nova História, subscrita a História da Educação enquanto campo epistemológico e a história oral temática híbrida enquanto abordagem teóricometodológica, devido à utilização de fontes orais, documentais, bibliográficas e iconográficas. O discurso historiográfico foi indagado pelas relações entre as condições e as concepções de escola, a considerar a óptica e as funções das mulheres, sob os conceitos de memória coletiva, escola unitária e magistério feminino. A pesquisa resultou na sistematização das relações dialógicas entre as professoras e as escolas, convergidas na corrente do pensamento coletivo. As escolas rurais foram situadas enquanto configurações institucionais que reproduziram características do modelo de escola unitária; não como meros exemplos, mas como explicadoras da educação primária e da sociedade em si, dadas as determinações de análises. Conclui-se que as dimensões pessoal e institucional, entendidas como funções que envolviam as professoras, legitimaram o desempenho de suas atividades, sem limites rígidos entre a profissão e a vida privada.