Síndrome metabólica, cintura hipertrigliceridêmica e ingestão de nutrientes em adolescentes com excesso de peso

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Souza, Thatyane Oliveira
Orientador(a): Lima, Severina Carla Vieira Cunha
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/30030
Resumo: A epidemia mundial de obesidade na faixa etária pediátrica é responsável pela ocorrência de desordens metabólicas que podem culminar na Síndrome Metabólica (SM). O estudo teve como objetivo avaliar a frequência de SM e Cintura Hipertriglicerodêmica (CHT) e sua associação com a prevalência de inadequação de micronutrientes em adolescentes com excesso de peso com e sem a SM. Estudo transversal, por amostragem não-probabilística, com adolescentes, com excesso de peso, atendidos no Hospital Universitário Onofre Lopes/UFRN, Natal/RN. Foram coletados dados antropométricos, bioquímicos e de consumo alimentar e dietético. Realizamos dois recordatórios de 24 horas para estimar o consumo habitual de energia e nutrientes. A prevalência de inadequação de micronutrientes foi estimada pela Estimated Average Requirement (EAR) como ponto de corte, com ajustes pelas variâncias intra e interpessoal e de energia. A normalidade de distribuição dos dados foi verificada pelo teste de Komolgorov-Smirnov e o teste U de Mann-Whitney. O teste t-Student para verificar diferenças nas características metabólicas dos adolescentes com e sem SM, e com e sem CHT. Teste Qui-quadrado de Pearson ou teste exato de Fisher para verificar a associação binária das variáveis com a SM. A regressão de Poisson foi utilizada para verificar a razão de prevalência entre a CHT e a SM. A amostra final foi composta por 168 adolescentes, 53 % do sexo masculino e média de idade de 11,6 ± 1,6 anos. Registramos 57,1% com obesidade, 22,2% com SM e 42,3% com CHT. Verificamos diferenças significativas entre os adolescentes com e sem SM para PC, glicemia de jejum, insulina de jejum, HOMA-IR, triglicerídeos e HDL-colesterol. A SM foi associada com o IMC, PC, glicemia de jejum, insulina de jejum, HOMA-IR, HDL-colesterol, triglicerídeo, tanto pelo ponto de corte para SM, quanto para o da CHT, assim como foi associada com a CHT. A CHT foi associada a SM independente da glicemia de jejum, HDL-colesterol e triglicerídeos, e a razão de prevalência entre CHT e SM foi de 5,02 (IC95%, 1,94 a 12,99; P = 0,001). O consumo médio de energia e macronutrientes nos adolescentes com SM foi de 1671,58 Kcal/dia, 52,45% de carboidrato, 16,70 % de proteína, 30,85 % de gordura total e 16,77 g/dia de fibra. A prevalência de inadequação de micronutrientes em ambos os sexos foi de 100% para os seguintes nutrientes, independente da presença da SM: vitamina D, vitamina E, cálcio, vitamina B12. Encontramos elevadas prevalências de inadequação para os adolescentes com e sem SM respectivamente, vitamina A (80,51 - 98,54%), vitamina B1 81,59 - 99,62%), vitamina B2 (92,79 - 100%), vitamina B6 (96,86- 99,78%), fósforo (91,31 - 97,13%), magnésio (95,15 - 100%), cobre (77,34 - 92,22%). Concluímos que houve uma elevada prevalência de SM, correlacionada com o estado antropométrico, PC, glicemia de jejum, HOMA-IR, HDL-c e triglicerídeos, assim como associado com a CHT. Foram observadas adequações quanto ao consumo de energia e macronutrientes e elevadas prevalências de inadequação no consumo de vitaminas e minerais independente da presença da SM.