Caracterização sedimentar e ambiental do estuário do Rio Potengi-RN e sua plataforma adjacente utilizando foraminíferos bentônicos como ferramenta auxiliar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Martins, Janiheryson Felipe de Oliveira
Orientador(a): Eichler, Patrícia Pinheiro Beck
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEODINÂMICA E GEOFÍSICA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/25295
Resumo: Os foraminíferos bentônicos são muito utilizados como bioindicadores ambientais, principalmente em ambientes com altos níveis de poluição e interação antrópica. Neste trabalho foram utilizados 59 amostras sedimentares coletadas através de draga Van Veen, além de dados físico-químicos da coluna d’água utilizando o equipamento CTD (conductivity, temperature and depth). O objetivo desta pesquisa foi a caracterização sedimentar e ambiental do estuário do Rio Potengi e de sua plataforma continental interna adjacente. A área de estudo, correspondente ao estuário, localiza-se entre a ponte Presidente Costa e Silva e a ponte Nilton Navarro, já a área plataformal está inserida entre as praias de Mãe Luiza, a sul, e Redinha Nova, a norte, a aproximadamente 10 km da costa. Em laboratório foram realizadas análises de granulometria, teores de carbonato e matéria orgânica, além da triagem dos foraminíferos bentônicos. Como resultados foram obtidos mapas de fácies sedimentares, teores de carbonato e matéria orgânica, gráficos PCA (principal component analysis), Cluster e a descrição dos foraminíferos em tabelas. A partir dos resultados foi possível dividir a área estudada em três porções. A primeira região compreendendo o estuário, onde predominam areias finas a médias e onde a concentração de foraminíferos oportunistas indicaram a entrada de poluentes no canal; a segunda compreende a porção central da plataforma interna, dominada por uma sedimentação carbonática e com grande abundância de foraminíferos e, por fim, a terceira região, situada também na plataforma interna, é dominada por sedimentos siliciclásticos e com baixa abundância de foraminíferos. A distribuição desses organismos bentônicos caracterizou a área de estudo quanto a saúde ambiental e mostrou que a Ammonia tepida é dominante no estuário e a Quinqueloculina lamarckiana na plataforma. A abundância de Amonnia tepida e a baixa concentração das demais espécies na região estuarina revelou um ambiente de elevado grau de estresse.