Obtenção do Ricinoleato de D-glicose e sua aplicação em fluidos de perfuração

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Medeiros, Suzan Ialy Gomes de
Orientador(a): Costa, Marta
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM QUÍMICA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/25056
Resumo: Enzimas têm sido largamente utilizadas em biossíntese para transformações de compostos orgânicos em substituição aos métodos sintéticos clássicos. Este trabalho descreve a síntese enzimática de biossurfactantes a partir da Dglicose com ácido ricinoléico empregando como biocatalisador a protease de Bacillus subtillis alcalina. Com auxílio do software MODDE 7.0, o planejamento experimental utilizando um modelo fatorial 2 4-1 (planejamento reduzido de 2 níveis e 4 variáveis) foi realizado para verificar a influência das variáveis temperatura, tempo de reação, concentração de enzima e razão molar do substrato/D-glicose sobre o rendimento da reação. Análises de espectroscopia na região do infravermelho (FTIR) confirmaram a formação do produto através de absorções em 3400 cm-1, característica das hidroxilas presentes no anel do açúcar, e em 1739 cm-1, correspondente à carbonila de éster. As análises de CLAE (cromatografia líquida de alta eficiência) mostraram as taxas de conversões alcançadas pelo biocatalisador protease de Bacillus subtillis alcalina. Medidas de tensão superficial em diferentes condições, foram realizadas com o produto de reação, onde observou-se redução da tensão superficial da água de 72 mN/m para 33 mN/m. Foi possível verificar também a estabilidade quanto do produto frente as soluções salinas (115 g/L), nas soluções tampão com pH extremos de 2 à 12 e em soluções aquosas aquecidas no intervalo de 25 a 100 °C. Visando aplicação do produto em técnicas Core-Flow (transporte de óleo), análises de ângulo de contato pelo método da placa de Willemy foram realizadas, obtendo-se a redução do ângulo de contato, do vidro com água, de 40º para 0º. Nas análises como lubrificante e redutor de filtrado em fluidos de perfuração poliméricos observou-se, nas várias formulações, que a mistura biodiesel/biossurfactante apresentou resultados satisfatórios reduzindo o CL (coeficiente de lubricidade) em 87% e o volume de filtrado em 22%. Nos testes de formação e estabilidade de espuma, característica que deve ser evitada por proporcionar leituras incorretas (peso específico, reologia, volumetria, etc), nenhum dos biossurfactantes teve ação espumante caracterizando seu bom desempenho.