Uso de água produzida na formulação de fluidos de perfuração

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Ribeiro, Laís Sibaldo
Orientador(a): Dantas, Tereza Neuma de Castro
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA QUÍMICA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/19778
Resumo: Os fluidos de perfuração têm importância fundamental nas atividades petrolíferas, uma vez que, são responsáveis por permitir a retirada dos cascalhos provenientes da perfuração, a manutenção da pressão e a estabilidade do poço, evitando desmoronamentos e influxo de fluido na formação rochosa, além da lubrificação e resfriamento da broca. Existem basicamente três tipos de fluidos de perfuração, são eles: de base aquosa, de base não aquosa e aerado. O fluido de perfuração de base aquosa é amplamente usado por ser menos agressivo ao meio ambiente e apresentar excelente estabilidade e inibição (em fluidos aquosos inibidos), entre outras qualidades. A água produzida é gerada simultaneamente com o petróleo durante a produção e possui grandes concentrações de metais e contaminantes, sendo necessário tratá-la para descartá-la. A água produzida dos campos de Urucu-AM e do Riacho da Forquilha-RN possuem elevadas concentrações de contaminantes, metais e sais, como de cálcio e magnésio, dificultando o seu tratamento e descarte. Com isso, o objetivo desse trabalho foi analisar o uso da água produzida sintética com características semelhantes às águas produzidas de UrucuAM e de Riacho da Forquilha-RN na formulação de um fluido de perfuração aquoso, observando nas águas sintéticas de Urucu-AM e de Riacho da forquilha-RN a influência da variação da concentração de cálcio e de magnésio nos testes de reologia e filtrado. Realizouse um planejamento experimental fatorial simples 32 para modelagem estatística dos dados. Os resultados mostraram que a variação das concentrações de cálcio e magnésio não influencia na reologia do fluido, onde a viscosidade plástica, viscosidade aparente e os géis inicial e final não oscilaram significativamente. Para o filtrado, a concentração de cálcio influenciou de forma linear na concentração de cloreto, onde quanto maior a concentração de cálcio, maior a concentração de cloreto no filtrado. Para o volume de filtrado foi observado nos fluidos formulados com água sintética de Urucu-AM que a concentração de cálcio influencia de forma quadrática, isso significa que elevadas concentrações de cálcio interferem no poder de retenção dos inibidores de filtrado utilizados na formulação do fluido, já nos fluidos formulados a partir de água produzida sintética de Riacho da Forquilha-RN, a concentração de cálcio influencia de forma linear. A concentração de magnésio influenciou apenas na concentração de cloreto de forma quadrática nos fluidos formulados a partir da água sintética de Urucu-AM. O fluido com concentração máxima de magnésio (9,411g/L), e concentração mínima de cálcio (0,733g/L) apresentou bons resultados. Portanto, uma água produzida com concentração máxima de magnésio de 9,411g/L e máxima de cálcio de 0,733g/L pode ser utilizada para formulação de fluidos de perfuração de base aquosa, conferindo propriedades adequadas a esse tipo de fluido.