Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Lima, Adila Lorena Morais |
Orientador(a): |
Jerônimo, Selma Maria Bezerra |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/26376
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Resumo: |
A leishmaniose visceral (LV), ou calazar, é uma das doenças parasitárias mais letais e tende a afetar, principalmente, as populações mais pobres e mais vulneráveis. No Brasil, a doença tinha uma distribuição eminentemente rural, mas a partir da década de 1980 houve sua expansão para áreas urbanas e periurbanas de médio e grande porte, a exemplo de Natal-RN. O objetivo deste estudo foi analisar os fatores associados à infecção humana por Leishmania infantum e sua distribuição espacial no município de Natal-RN. Trata-se de um estudo epidemiológico, com análises de correlações ecológicas, considerando como unidade de análise os bairros (n=36) que compõem o município de Natal. Foi realizada uma análise temporal (1990 a 2014) das características demográficas dos casos de LV humana e de coinfecção LV-HIV, além de análises espaciais (2007 a 2014) e de correlação com fatores socioeconômicos e ambientais, infecção canina e indicadores entomológicos potencialmente influenciadores na transmissão da Leishmania. Os dados de infecção humana demonstram o forte endemismo da LV em Natal. Foram observadas elevada densidade de Lu. longipalpis e alta infecção por Leishmania em cães ao longo dos anos. A LV humana, medida pela taxa de número de casos por 100.000 habitantes, apresentou distribuição heterogênea e expansão espacial ao longo do tempo, com maior concentração dos casos na região norte da cidade. Pessoas do sexo masculino e com idade inferior a 4 anos foram as mais acometidas e observou-se um aumento crescente dos casos de coinfecção LV-HIV. As variáveis socioeconômicas e estruturais, cujo aumento implica em melhoria do padrão do bairro, como a coleta de lixo, renda maior que três salários mínimos e percentual de alfabetizados, acarretaram uma redução da taxa de incidência de LV, ao passo que ausência de saneamento e renda inferior a um salário mínimo, promoveram o seu aumento. A LV em Natal tem sua expansão associada à pacientes em condições de saúde mais vulneráveis, como crianças e imunodeprimidos, habitando áreas de recente urbanização com infraestrutura pública deficiente e presença de cães infectados. |