Educação interprofissional em saúde e o desenvolvimento de competências colaborativas na formação em enfermagem e medicina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Fonsêca, Redianne Medeiros da
Orientador(a): Costa, Marcelo Viana da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENSINO NA SAÚDE
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/25871
Resumo: Mudanças importantes na realidade de vida e saúde das pessoas impõe aos serviços de saúde o desafio de compreender e intervir de forma eficaz e resolutiva sobre as complexas necessidades de saúde. Frente a esses desafios a Educação Interprofissional - EIP vem sendo amplamente discutida como importante estratégia para transformar o contexto atual de formação, no sentido de formar profissionais mais aptos ao trabalho em equipe. A pesquisa tem como objetivo geral compreender a percepção de profissionais e docentes sobre a Educação Interprofissional para o desenvolvimento de competências colaborativas na formação de Enfermagem e Medicina. Estudo de abordagem qualitativa, do tipo pesquisa ação, que teve como sujeitos docentes do curso de Medicina da UFRN e de Enfermagem da UERN, ambas em Caicó, bem como enfermeiros e médicos da rede de atenção à saúde de Caicó. Foi realizada em duas etapas: oficina para discussão e construção das competências colaborativas, através da construção de painéis e discussão e elaboração de estratégias de ensino e aprendizagem e avaliação das competências colaborativas. Os dados foram analisados a partir da técnica de análise de conteúdo de Bardin, e à luz do referencial teórico, sintetizados em uma matriz de competências colaborativas, bem como estratégias metodológicas e de avaliação, considerando os cenários dos dois cursos. Profissionais e os docentes reconhecem a existência da fragmentação na assistência em saúde, a dificuldade do trabalho em equipe, o isolamento na formação profissional, e a necessidade de repensar a interação ensino e serviço. Apesar disso, identificou-se que a temática de educação interprofissional e práticas colaborativas é ainda pouco conhecida e discutida, tanto no âmbito acadêmico quanto na prática profissional, apresentando dificuldade na definição e diferenciação conceitual de EIP e práticas colaborativas. Apesar das Diretrizes Curriculares tanto do curso de Medicina, quanto do Curso de enfermagem, trazerem a necessidade de uma formação baseada em competências, percebeu-se também uma dificuldade na estruturação dos painéis de competências colaborativas, relacionada tanto ao que seriam competências, quanto à sistematização das competências necessárias na formação das práticas colaborativas. Estimular o desenvolvimento da educação interprofissional e o desenvolvimento de práticas colaborativas na formação de enfermagem e medicina se configura como ação estratégica para a mudança do modelo de atenção à saúde e para a melhoria da qualidade da atenção. A adoção de um plano de educação interprofissional nos dois cursos constitui importante instrumento norteador para a prática docente nas duas instituições de ensino na efetivação de uma formação na perspectiva da educação interprofissional e das práticas colaborativas, com resultados positivos ao processo de construção e consolidação do Sistema único de Saúde.