Papel protetor dos polissacarídeos sulfatados da alga verde Udotea Flabellum (J.Ellis & Solander) M.Howe em células expostas ao dano oxidativo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Presa, Fernando Bastos
Orientador(a): Rocha, Hugo Alexandre de Oliveira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/26116
Resumo: Polissacarídeos sulfatados (PSs) são compostos encontrados principalmente em animais e em algas marinhas. Eles apresentam uma diversidade de atividades biológicas e farmacológicas, inclusive antitumoral, antiviral e antioxidante. Alguns desses PSs, devido a sua atividade quelante de íons metálicos, são capazes de proteger células de danos oxidativos quando estas são expostas a íons de cobre ou ferro na presença de ascorbato. Os PSs de algas marinhas, apesar de também apresentarem atividade quelante de íons metálicos, ainda não foram avaliados como agentes protetores celulares contra danos oxidativos. Apesar da alga verde Udotea flabellum ser encontrada facilmente no estado do Rio Grande do Norte, seus PSs ainda não foram estudados. Portanto, nesse trabalho, os PSs dessa alga foram extraídos por meio de proteólise e fracionados com acetona, o que originou seis frações ricas em PSs: UF-0.3; UF-0.5; UF-0.6; UF-0.7; UF-1.0; UF-2.0. Análises química e eletroforéticas confirmaram que seus PSs são heterogalactanas sulfatadas. No tocante ao ensaios celulares, verificou-se que nenhuma das frações afetou a capacidade das células 3T3 (fibroblastos murínicos) em reduzir o brometo de 3-(4,5-dimetiltiazol-2-il)-2,5-dipheniltetrazolium (MTT), ou influenciou a proliferação dessas células. As frações UF-0.3 e UF-1.0 apresentaram contaminação com proteínas e por isso não foram avaliadas em demais testes. Já as outras frações apresentaram atividade quelante de ferro e, principalmente, de cobre. Quando as células foram expostas as frações e aos íons ferroso ou cuproso, na presença de ascorbato verificou-se que todas elas protegeram as células de danos oxidativos induzidos por esses agentes. As frações diminuíram os níveis de peroxidação lipídica e a quantidade de células mortas por apoptose, bem como, impediram quedas bruscas nos níveis de superóxido dismutase e, principalmente, da glutationa quando as células foram expostas ao estresse oxidativo. A fração mais efetiva como protetora dos danos cusados pelo íon ferroso foi UF0.7, já no caso do íon cuproso, a fração UF-2.0 foi a mais efetiva. Os dados aqui apresentados indicam o potencial dos PSs de algas como agentes protetores de danos oxidativos causado por estes íons metálicos.