Taxonomia de fungos gasteroides (Basidiomycota) em áreas de caatinga do Rio Grande do Norte e Paraíba, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Oliveira, Renan de Lima
Orientador(a): Baseia, Iuri Goulart
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SISTEMÁTICA E EVOLUÇÃO
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/27171
Resumo: Estima-se que existam cerca de 3,8 milhões de espécies de fungos, das quais cerca de 120 mil foram descritas até o presente. Os fungos gasteroides, atualmente, representam um grupo polifilético com cerca de 10.000 espécies, das quais 324 espécies são conhecidas e descritas para o Brasil. Desde a antiguidade, os fungos gasteroides têm demostrado importante valor, sendo utilizados pela humanidade para diversos fins como econômico, medicinal e gastronômico. A Caatinga, foco desta pesquisa, tem sido descrita como um ecossistema pobre em espécies e endemismos. Entretanto, estudos recentes têm desafiado esse ponto de vista e demonstrado a importância da Caatinga para a conservação da biodiversidade brasileira. Nesse contexto, o presente estudo objetivou ampliar o conhecimento sobre os fungos gasteroides em duas áreas de importância biológica no domínio fitogeográfico Caatinga nos estados do Rio Grande do Norte (Serra do Torreão - João Câmara) e Paraíba (Serra de Cuité - Cuité). Para isso, foram realizadas 12 excursões de campo nos períodos com maior incidência pluviométrica (fevereiro a julho de 2017 e março a abril de 2018). A metodologia de coleta foi baseada em literatura especializada para os grupos. Os basidiomas coletados foram levados ao Laboratório de Biologia de Fungos da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), onde foram realizadas a herborização e o estudo dos espécimes seguindo a metodologia tradicional para os fungos gasteroides. De forma complementar foi realizado microscopia eletrônica de varredura (MEV) em espécies que necessitam de maiores detalhes morfológicos. Foram identificadas 19 espécies distribuídas em oito gêneros: Bovista (2 spp.), Calvatia (5 spp.), Cyathus (2 spp.), Disciseda (2 spp.), Geastrum (2 spp.), Podaxis (1 sp.), Sphaerobolus (1 sp.) e Tulostoma (4 spp.). Dessas, cinco são novas espécies para a ciência, quatro são primeiros registros para a América do Sul, dez primeiros registros para o Brasil, treze primeiros registros para o Semiárido, três primeiros registros para o estado da Paraíba e treze primeiros registros para o estado do Rio Grande do Norte. A Serra do Torreão e a Serra de Cuité demostraram ser propícios para estudos sobre fungos gasteroides. Assim, faz-se necessário estudos taxonômicos adicionais em áreas de Caatinga, possibilitando aumento da conservação dessas espécies.